Adivinhar os preços dos anúncios do OLX já é um jogo

O Preço X quer que adivinhes o valor proposto em milhares de anúncios do OLX. "Porque as pessoas vendem coisas mesmo ridículas", diz o criador da aplicação gratuita

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Um dia, enquanto espreitava o OLX, Paulo Correia encontrou um poster de Jorge Jesus à venda. “Custava três euros e qualquer coisa e eu fiquei a pensar quem é que teria posto à venda aquilo e como teriam pensado naquele preço”, diz ao P3 o estudante de Informática da Faculdade de Engenharia do Porto.

Foi a partir desse momento, há um ano, que o jovem de 21 anos, natural de Viseu, começou a pensar em transformar um jogo que já fazia informalmente entre amigos numa aplicação. “Mandávamos artigos que estavam para venda uns aos outros e tentávamos adivinhar os preços”, conta. “Muito ao estilo do Preço Certo”, ri-se.

É exactamente esta a proposta do Preço X, a aplicação gratuita disponível para Android que te põe a adivinhar “o preço de milhares de anúncios online” — e que também podes jogar com quem está à tua volta, através da opção de múltiplos jogadores, ainda em desenvolvimento.

“A app não funcionaria com anúncios da Amazon ou do Continente”, defende, “porque o ridículo no OLX é a maneira como [os anunciantes] escrevem, o que se vende e a que preços”.

Para já, é possível escolher as opções de jogo curto (que passa por cinco anúncios), normal (dez) e longo (20) e seleccionar as diferentes categorias de produtos que a plataforma de compra e venda oferece. “A aplicação vai buscar os anúncios directamente ao OLX, aleatoriamente. Não consegues encontrar dois anúncios iguais”, diz Paulo.

O jogo funciona com pontuação: por cada resposta certa são ganhos 50 pontos. Caso apenas te aproximes do valor escolhido por quem anuncia, ganhas dez ou 25 pontos. Em vez de perguntar apenas o preço certo, estão a ser consideradas outras modalidades como “ter de adivinhar se o valor é mais alto ou mais baixo, ou então escolha múltipla”. O Preço X também oferece a possibilidade de guardar anúncios, para ver mais tarde ou para partilhar.

Paulo diz que encarou a aplicação como “um desafio”, uma “brincadeira” que começou a levar a sério com a ajuda de Inês Costa, estudante da Faculdade de Belas Artes do Porto, e Nuno Neto, colega de curso. O jogo foi lançado a 12 de Fevereiro e já está a ser pensada uma versão para desktop (os dispositivos da Apple ainda vão ter de esperar, por agora).

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