Sucateiros organizam marcha lenta em Lisboa e no Porto

Associação do sector promete circulação de camiões em baixa velocidade a 15 de Fevereiro contra portaria que diz impedir compra de bens a particulares.

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Associação diz que novas regras podem colocar em causa o funcionamento de cerca de 350 empresas Paulo Pimenta

A Associação Portuguesa de Operadores de Gestão de Resíduos e Recicladores (APOGER) está a promover uma marcha lenta de camiões para 15 de Fevereiro em Lisboa e no Porto, segundo noticia este domingo o Jornal de Notícias.

A manifestação, planeada para a VCI (no Porto) e para a Segunda Circular (em Lisboa), tem como objectivo protestar contra a portaria que entrou em vigor no início do ano e que, diz a APOGER, inviabiliza a compra de bens a particulares (como os que recolhem os produtos com o intuito de os vender) por parte dos seus associados, os sucateiros.

A portaria em causa, explica o Jornal de Notícias, veio introduzir as guias electrónicas de acompanhamento de resíduos e que, ao contrário do que sucedia até aqui, obrigam a preencher o código de actividade económica do fornecedor (que tem assim de estar registado). O mesmo já não é exigido se os bens foram entregues pelos particulares aos sistemas geridos pelas câmaras. Na prática, defende a APOGER, isso impede as empresas de poder receber sucata de particulares, colocando em risco empregos e a sua actividade.

No início de Janeiro, o semanário Sol já noticiara que a portaria em causa (145/2017, aprovada em Abril do ano passado), vinha colocar em prática no terreno uma lei datada de 1997 onde se define que os resíduos urbanos dos particulares (ou seja, os que produzem menos de 1100 litros de resíduos/dia) são da responsabilidade dos serviços de recolha das câmara municipais.

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