Invencibilidade do Manchester City chegou ao fim em Anfield Road

Pela 15.ª época consecutiva, os “citizens” não conseguiram vencer na casa do Liverpool. Klopp também voltou a ganhar um duelo com Guardiola. Em Espanha, o Barcelona esteve a perder 0-2, mas deu a volta

Foto
Reuters/CARL RECINE

Após 18 vitórias consecutivas, a Premier League deixou de ser um passeio para o Manchester City. Depois de no último dia de 2017 ter visto ser interrompida uma série recorde de triunfos com um empate a zero frente ao Crystal Palace, neste domingo a equipa de Pep Guardiola foi a Liverpool confirmar que Anfield é um terreno maldito para os “citizens”. Num palco onde não vence há 15 anos, o City chegou a estar perto da humilhação, mas conseguiu, nos últimos minutos, atenuar o primeiro desaire da época para a margem mínima (4-3). Em queda livre está o Arsenal, que após perder em Bournemouth já está a oito pontos dos lugares que são de acesso à Liga dos Campeões.

Com o título inglês praticamente no bolso, Guardiola tinha a ambição de fazer história ao vencer pela primeira vez a Premier League sem qualquer derrota. Mas um cocktail explosivo (Anfield e Jürgen Klopp) fez desvanecer a ambição do catalão. Após vencer no terreno dos principais rivais na luta pelo título (Manchester United e Chelsea), a deslocação a Anfield parecia ser o teste final à invencibilidade dos “citizens”. Porém, confirmou-se que o lendário estádio de Liverpool é terreno madrasto para o City (quinta derrota consecutiva para a Premier League) e que Klopp é dos poucos treinadores que se pode orgulhar de ter mais vitórias do que derrotas no frente a frente com Guardiola (seis triunfos do alemão, contra cinco do catalão).

O jogo, não desiludiu quem esperava (mais um) grande espectáculo de futebol na Premier League. Sem qualquer derrota em todas as competições desde 22 de Outubro, o Liverpool, adversário do FC Porto nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, entrou bem no jogo e colocou-se em vantagem logo aos 10’, com um golo de Oxlade-Chamberlain. No entanto, antes do intervalo, Leroy Sané restabeleceu a igualdade.

Na segunda parte, num ápice, o jogo descontrolou-se para o City. Com um desnorte defensivo completo (Ederson incluído), a equipa de Manchester sofreu três golos em 10 minutos (Firmino, Mané e Salah) e, à entrada dos últimos 20 minutos, estava na iminência de ser goleada.

Guardiola, no entanto, pediu “cabeça” aos seus jogadores, colocou Bernardo Silva em campo, e o City recompôs-se. Aos 85’, o internacional português fez o segundo dos “citizens” e, no segundo minuto de descontos, Gundogan colocou a diferença na margem mínima (4-3). Apesar do susto, a equipa de Klopp segurou a vitória que permite ao Liverpool colar-se ao Chelsea e Manchester United (que recebe nesta segunda-feira o Stoke) na segunda posição, todos com 47 pontos, menos 15 do que o City.

Bem longe do quarteto da frente está o Arsenal. Após falhar na última época o apuramento para a Liga dos Campeões pela primeira vez em 20 anos, os “gunners” foram derrotados no Dean Court, casa do Bournemouth, e já estão a oito pontos dos lugares que dão acesso à Champions.

No sul de Inglaterra, o cenário até parecia favorável para Arsène Wenger após o espanhol Héctor Bellerín, aos 52 minutos, colocar os londrinos em vantagem, mas a partir daí o Arsenal permitiu que o Bournemouth crescesse no jogo.

Superior na última meia hora, a equipa treinada por Eddie Howe chegou ao empate aos 70’, com um golo do ponta de lança Callum Wilson, e apenas quatro minutos mais tarde, Jordon Ibe, o outro avançado do Bournemouth, fez o golo da sexta derrota dos “gunners” esta época na Premier League.

Na Liga espanhola, o Barcelona deu dois golos de avanço à Real Sociedad, mas o passeio dos catalães ao País Basco terminou aos 39 minutos. Com a possibilidade de deixar o Real Madrid a 19 pontos de distância, os “blaugrana” carregaram na acelerador e deram a volta ao resultado (4-2) com golos de Paulinho (39’), Suarez (51’ e 71’) e Messi (85’).

Sem motivos para sorrir continua Vincenzo Montella. Após ser despedido no final de Novembro pelo AC Milan, o treinador italiano foi anunciado um mês mais tarde como técnico do Sevilha, mas o antigo avançado da “squadra azzurra” continua a somar resultados negativos: em Alavés, Montella sofreu a segunda derrota (1-0) em dois jogos na Liga espanhola como técnico dos andaluzes.
 

Sugerir correcção
Comentar