Riley, o cão que ajuda a preservar obras de arte em Boston

O Museu de Belas Artes, em Boston, “contratou” o cão da raça weimaraner para, através do faro, detectar insectos que possam danificar trabalhos em exposição

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Museu de Belas Artes

Há um novo membro na equipa do Museu de Belas Artes, em Boston, e no seu currículo não consta qualquer experiência no universo das artes. E não, em anexo não seguiu qualquer diploma com nota máxima na melhor academia de artes do mundo. No entanto, o que o distingue de todos os outros empregados são os seus sentidos, bem mais apurados do que os dos restantes colegas — falamos de Riley, um cão weimaraner de três meses que até a farda apropriada tem direito.

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Museu de Belas Artes

O trabalho de Riley é, principalmente, utilizar o olfacto para detectar insectos que podem não estar à vista daqueles que recebem e avaliam as peças artísticas. Assim, e com a ajuda do patudo de olhos cinzentos e pêlo castanho, evita-se a degradação de quadros ou outras obras que ali chegam para as presentes (e futuras) exposições. Riley está agora a ser treinado para a função pelo seu dono, o responsável pelo departamento dos serviços de protecção do Museu de Belas Artes de Boston.

Ao Boston Post, Katherine Getchell, directora-adjunta e responsável pelo departamento financeiro do museu, explica que existem muitas peças no museu que, “por natureza própria, trazem insectos ou pragas”. Dentro desse grupo estão as moscas ou os percevejos, que podem estragar trabalhos artísticos feitos a partir de “têxteis, madeira ou materiais orgânicos”. Getchell afirma ainda que não conhece outra instituição que tenha feito uma iniciativa semelhante.

O site Cão Nosso descreve a raça weimaraner como “dócil e profundamente ligada à sua família”, tendo um “instinto de protecção e uma desconfiança em relação a estranhos”. Para além disto, estes cães possuem uma “enorme vontade de agradar aos donos e grande capacidade de aprendizagem”. Já o American Kennel Club caracteriza-os como “destemidos, amigáveis e obedientes”, para além de serem “velozes e terem um bom olfacto”

Como já noticiámos no Pet, uma cadela weimaraner, Nina, foi educada pela Associação Portuguesa de Cães de Assistência “para ajudar a realizar as tarefas diárias de Diana Niepce, uma bailarina profissional de 31 anos que caiu de um trapézio durante um treino de acrobacia”. Também já conhecemos um outro weimaraner: David Bowie, o melhor amigo do músico Moullinex.

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