Sindicato diz que segurança da ASAE deve ser feita por pessoal com carreira específica

"Nada nos move contra as empresas de segurança, mas a segurança das instalações de um órgão de polícia criminal tem obrigatoriamente de ser assegurada por pessoal com uma carreira específica pertencente a esse órgão", defende.

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Paulo Pimenta

O Sindicato Nacional dos Profissionais da ASAE (SNP-ASAE) lamenta que a segurança das instalações deste órgão de polícia criminal esteja a ser efectuada por assistentes técnicos devido ao fim do contrato com a empresa de segurança privada que tinha essa função. "Nada nos move contra as empresas de segurança, mas a segurança das instalações de um órgão de polícia criminal tem obrigatoriamente de ser assegurada por pessoal com uma carreira específica pertencente a esse órgão", defendeu em comunicado aquele sindicato de trabalhadores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

A segurança das instalações está a ser assegurada "por assistente técnicos desta instituição, devido ao término do contrato com a empresa de segurança no pretérito dia 31 de Dezembro de 2017", alertou Pedro Antunes, presidente do SNP-ASAE.

"Os trabalhadores da ASAE depararam-se", na terça-feira, "com os seus colegas da carreira de assistente técnico no lugar dos trabalhadores da empresa de segurança (...) que efectuavam o controlo de acessos e segurança das instalações desta instituição".

Esta situação explica-se com o facto de "o concurso para adjudicação dos serviços de vigilância, conduzido pela secretária-geral do Ministério da Economia, ter terminado recentemente e a empresa vencedora dispor de um prazo legal de cinco dias úteis para apresentação de documentos legais obrigatórios e dar início à referida actividade".

Em 2016, o sindicato alertou a tutela "para os condicionalismos que poderiam advir da perda de autonomia administrativa desta instituição, devido à obrigação de integração desta autoridade na entidade contabilística" do Ministério da Economia, com a "fusão do seu orçamento" num orçamento único, "sem que o Governo tenha tido em conta as especificidades" da ASAE, designadamente o facto de ser um órgão de polícia criminal.

"Agora, o tempo encarrega-se de nos dar razão, demonstrando que, mesmo num simples procedimento concursal para adjudicação dos serviços de segurança em instalações, a secretaria-geral do Ministério da Economia "não acautelou atempadamente esta situação, ou seja, a substituição da empresa de segurança antes da finalização do contrato em vigor, ficando as instalações de um órgão de polícia criminal, nas quais se encontram milhares de objectos apreendidos e à sua guarda", incluindo diverso armamento, "entregues à boa vontade de funcionários da carreiras gerais" do administração pública.

O SNP-ASAE defende "a criação de carreiras de apoio, mormente da carreira de segurança, à semelhança do que ocorre com a Polícia Judiciária".

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