BE questiona ministério sobre os mais de 5500 tratamentos para a hepatite C que estão por iniciar

Partido defende que os tratamentos devem ser começados mal são autorizados. Desde Fevereiro de 2015 até ao final de Outubro deste ano, o Ministério da Saúde autorizou 18.045. Mas até 8 de Novembro só 12.380 tinham sido iniciados.

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"Por que motivo há 5665 pessoas a aguardar o início de tratamento com medicação inovadora para a Hepatite C?", questiona o Bloco de Esquerda (BE) numa pergunta enviada nesta quinta-feira ao Ministério da Saúde na qual também questiona se o Governo está disponível para manter, em 2018, a compra dos medicamentos centralizada na Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) em vez de passar essa responsabilidade aos hospitais.

Tal como o PÚBLICO noticiou nesta quinta-feira, desde Fevereiro de 2015, quando foi selado o acordo para o acesso aos medicamentos inovadores que garantem a cura de mais de 95% dos doentes com hepatite C, até ao final de Outubro deste ano, o Ministério da Saúde autorizou 18.045 tratamentos para a doença. Mas até 8 de Novembro só 12.380 tinham sido iniciados, estando, segundo os últimos dados do Infarmed, 5665 por começar.

Na pergunta enviada ao Ministério da Saúde, o BE afirma que "considera essencial" que a situação seja clarificada. "O acesso a medicação inovadora para tratamento da hepatite C é importantíssimo para as/os doentes; é certamente muito atroz e ansiogénico para estas pessoas saberem que existe um medicamento que as pode curar, saberem que esse tratamento foi autorizado, mas depois terem que demorar meses até iniciarem esse mesmo tratamento", refere o documento.

"O que o Bloco de Esquerda pretende é que os tratamentos se iniciem assim que sejam autorizados. Queremos saber qual a razão pela qual mais de 5000 pessoas aguardam esse tratamento e que medidas estão a ser tomadas para tornar o acesso ao tratamento mais rápido", afirmam ainda os deputados Moisés Ferreira e Jorge Falcato, que assinam a pergunta.

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