Carlos Pereira apresenta recandidatura

Eleições internas são a 19 de Janeiro e serão disputadas entre Carlos Pereira e a dupla Emanuel Câmara-Paulo Cafôfo.

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Carlos Pereira tenta a reeleição como líder do PS-M Rui Silva/Aspress

Uma “anormalidade”, um “absurdo político”. Carlos Pereira, presidente do PS-Madeira que esta segunda-feira formaliza a recandidatura a novo mandato de dois anos, teme que a existência de uma lista concorrente, numa altura em que o partido está a crescer na Madeira, possa “fragilizar” os socialistas madeirenses.

“É esse o meu receio. Que esta candidatura ‘bicéfala’ possa fragilizar toda a dinâmica de crescimento do PS-Madeira”, diz ao PÚBLICO o líder socialista, que pegou no partido em 2015, na ressaca do pior resultado eleitoral de sempre.

As críticas de Carlos Pereira vão para a candidatura protagonizada por Emanuel Câmara, o autarca do Porto Moniz, um pequeno concelho no Norte da ilha, que tem-se multiplicado em encontros com militantes. Sempre acompanhado de Paulo Cafôfo, o independente que lidera o município do Funchal, Câmara diz que, se ganhar o partido, será Cafôfo o candidato à presidência do governo regional.

“O que está a acontecer é uma anormalidade e um absurdo político, que nunca aconteceu em partido nenhum”, frisa, dizendo que a candidatura que encabeça nasce no “interior do partido”, não em círculos independentes. “Prova disso é que todos os históricos do PS-Madeira estão comigo.”

Enquanto Emanuel Câmara, após a apresentação da candidatura, não tem falado publicamente sobre o projecto – ao PÚBLICO, recusou falar, por estar concentrado no contacto com os militantes –, Carlos Pereira tem sido incansável no recordar do que era o partido em 2015, e no que é agora. “Estávamos relegados para a quarta força política na Madeira, e agora os resultados eleitorais e os estudos de opinião colocam-nos bem próximo do PSD.”

Este “crescimento” será abordado durante a apresentação da candidatura, que terá espaço para Carlos Pereira apresentar já as linhas-mestras do que será um programa de governo do PS na Madeira. Seria algo de inédito, numa ilha sempre pintada de laranja. “O nosso crescimento mostra que é possível o PS ser governo na região, comigo na liderança.”

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