França está mais próxima da 10.ª “saladeira”

Herbert e Gasquet bateram a dupla belga no encontro de pares e colocaram os franceses em vantagem na final da Taça Davis.

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LUSA/YOAN VALAT

Richard Gasquet e Pierre-Hugues Herbert nunca jogaram juntos, mas a aposta de Yannick Noah nesta dupla, contestada mesmo dentro da equipa, revelou-se acertada, pois a França passou a liderar a final da Taça Davis com a Bélgica, por 2-1. Os franceses vão em vantagem para o último dia e, com o apoio do público de Lille, são favoritos a conquistarem o terceiro e decisivo ponto.

Embora nunca tenham jogado juntos, Gasquet e Herbert entraram sólidos diante de uma dupla belga muito inconsistente e fecharam o set inicial em meia-hora. Mas Ruben Bemelmans e Joris de Loore, que em Fevereiro derrotaram os irmãos Alexander e Mischa Zverev, na vitória por 4-1 sobre a Alemanha com que iniciaram o caminho até à final, subiram o nível e, com dois breaks, chegaram a liderar o segundo set por 5-2.

No terceiro set, foram novamente os belgas a “quebrar” pela primeira vez e serviram a 5-4, mas erros de Bemelmans na rede permitiram o contra-break da França, que fez levantar os milhares de adeptos que voltaram a encher o Stade Pierre-Mauroy. No tie-break, o ascendente francês confirmou-se, com Gasquet e Herbert a vencerem os cinco pontos iniciais.

O terceiro set foi decidido pelo break para 4-3, comemorado como se a França já tivesse garantido a taça. Os belgas não aproveitaram as duas oportunidades de break e Gasquet e Herbert concluíram o encontro em três horas, com os parciais de 6-1, 3-6, 7-6 (7/2) e 6-4.

“Há tanta gente à espera de cortar a minha cabeça… eles salvaram-me”, ironizou o capitão francês, Yannick Noah, que não cabia em si de contentamento, tendo em conta a decisão arriscada de deixar de fora dois especialistas de pares, Julien Benneteau e Nicolas Mahut, habitual parceiro de Herbert, com quem terminou a época no sexto lugar do ranking. “Estive sempre a pensar nele. Temos jogado juntos há três anos. No final, disse-lhe: “Não estás a jogar, mas estás comigo no court’”, revelou Herbert.

Aliviado, Noah pode agora optar por Gasquet para um eventual quinto singular, caso Jo-Wilfred Tsonga não consiga hoje (12h30) superar David Goffin. “Pierre-Hugues fez três dias de treino fantásticos. Depois, levei em conta a eventualidade de haver algum problema nos dois singulares de sexta-feira. Não creio que nenhum dos nossos três especialistas de par pudesse disputar um encontro no domingo se este tivesse durado cinco sets. E sabia que Richard estava a subir de forma. Acreditei que podia complementar Pierre-Hugues no plano técnico, os seus jogos casam muito bem”, explicou Noah.

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