Cartas ao director

Optimismos

O Presidente da República admitiu há algum tempo que o governo talvez se encontrasse com um excesso de optimismo, de que ele apesar de o reconhecer também não se demarcou. Isso deveu-se a um aumento dos rendimentos que o governo proporcionou às pessoas, e também devido à diminuição das poupanças que as pessoas entenderam já não serem tão necessárias. Habitualmente o optimismo é acompanhado de uma certa euforia que nos leva a não prestar como anteriormente a devida atenção ao que se passa à nossa volta. Daí que passemos a fazer ao de leve as análises que deviam ser feitas cuidadosamente, na esperança de que, se nada de mal aconteceu até hoje, também não é provável que aconteça amanhã. Também não se percebe o motivo por que se passou a passar a chamar à época critica dos fogos a “fase charlie”, um estrangeirismo que poucos entendem, com datas rigorosas.

O ano é de seca extrema e quando em 30 de Setembro se reduziram os meios de combate aos incêndios já se previa a continuação da seca e do tempo quente por vários dias. Se em vez de se invocar a “fase charlie” que é invocada como motivo para a redução dos meios ter acontecido, se numa perspectiva menos optimista tivesse sido utilizada a expressão  “fase crítica de fogos”, com margem de manobra para os responsáveis em face das circunstâncias de cada momento poderem tomar decisões sem terem que olhar a datas, os riscos seriam menores, porque alguém analisaria e  prolongava o período em risco.

Miguel Oliveira Rodrigues, Lisboa

 

Uma atitude louvável

Na véspera do Dia Mundial da Diabetes, segunda-feira, ficámos a saber que o Estado vai participar em 85% o dispositivo médico FreeStyle Libre, um mediador de glicose que evita as picagens diárias de insulina nos doentes com diabetes tipo I. Efectivamente, uma notícia de grande relevância quer ao nível económico como da saúde, em virtude do aparelho permitir uma melhoria significativa na monotorização da doença e proporcionar uma maior qualidade de vida para todos.

Todavia, continua a ser motivo de preocupação as pessoas que, por motivos diversos, não vão ao médico de família, regularmente, tendo em vista um diagnóstico precoce apesar das inúmeras campanhas de informação sobre a temática. Enfim, um procedimento insensato ao invés do Governo que deverá florescer a outras doenças com prevalência, nomeadamente, cardiovasculares.
Manuel Vargas, Aljustrel

 

Desprezo pelos professores

A intenção do Governo em não contabilizar o trabalho prestado durante nove anos pelos professores demonstra o desprezo de António Costa e do ministro da Educação pelos docentes. Espero que os “defensores dos trabalhadores” que suportam o Governo, o BE e o PCP, tomem uma atitude que contrarie o não pagamento retroactivo dos anos de trabalho efectivamente prestado. Para os bancos falidos e para as subvenções vitalícias não falta dinheiro.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

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