“Agora não há nada, assim que a água desaparece não há nada”

A guerra da água e a poluição no Tejo espanhol têm preocupado activistas, especialistas mas também autarcas das localidades atravessadas pelo rio.

Em Sacedón, na província espanhola de Guadalajara, a água que durante décadas chegou às portas da localidade é cada vez mais uma miragem. A albufeira da barragem de Entrepeñas transformou Sacedón num procurado destino de veraneio. Era inclusivamente conhecida por "Mar de Castela", dada a quantidade de água que ali se reunia. No entanto, tudo começou a mudar no início dos anos 1980, quando o transvase Tejo-Segura entrou em funcionamento. Este sistema de transporte de água, que leva a água do Tejo até aos campos agrícolas da província de Múrcia, a cerca de 300 quilómetros a Sul, tem sido motivo de descontentamento junto da população de Sacedón mas também de outras localidades que, ao longo do rio, vão sentindo os efeitos de uma diminuição do caudal. Para além disto, o Tejo espanhol debate-se ainda com outro problema. A poluição, causada pelo uso de químicos na agricultura mas também pelo arrastamento de detritos e de águas residuais insuficientemente tratadas, é visível em alguns troços do rio.

Reportagem completa: “Se isto não mudar no Tejo, tudo vai morrer, tudo