Dimitrov chega rapidamente às meias-finais

O tenista búlgaro é o primeiro tenista estreante a chegar tão longe nas ATP Finals desde 2014.

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Grigor Dimitrov Reuters/TONY O'BRIEN

Três horas e meia foi quanto Grigor Dimitrov passou no court para garantir a presença nas meias-finais das ATP World Tour Finals. Em contraste com os três sets que Dominic Thiem o obrigou a disputar na segunda-feira, nesta quarta-feira, o búlgaro levou somente 73 minutos para somar a segunda vitória no Grupo Boris Becker, no qual garante o primeiro lugar e consequente passagem à segunda fase do torneio, ao mesmo tempo que evita defrontar no sábado Roger Federer, o primeiro classificado do outro grupo.

“Penso que fiz uma grande exibição. Comecei bem, aproveitei todas as oportunidades e ganhei os pontos mais importantes, em especial, no primeiro set”, resumiu Dimitrov (6.º no ranking), após derrotar David Goffin (8.º), por 6-0, 6-2. Perante um adversário condicionado por uma lesão no joelho, o búlgaro entrou de rompante, ganhando 12 dos primeiros 15 pontos e, em menos de meia-hora, concluiu o set inicial.

Só ao fim de 48 minutos é que Goffin venceu um jogo, mas nunca conseguiu contrariar o ténis ofensivo de Dimitrov, que terminou o encontro com 12 pontos ganhos dos 17 em que subiu à rede. “Trabalho para ter dias assim. É muito bom quando acontecem numa ocasião destas”, frisou o primeiro búlgaro a disputar o torneio que decorre na Arena O2, em Londres. O último estreante nas ATP Finals a chegar às meias-finais tinha sido Kei Nishikori, em 2014.

Goffin, autor de somente nove winners e 28 erros não forçados, não justificou a exibição com a lesão ou com as duas horas e meia do encontro anterior, em que venceu Rafael Nadal, que abandonou o torneio. “Estou quase a 100% fisicamente, sinto-me bem. Não foi esse o problema, mas sim um encontro muito, muito difícil contra o Grigor, que jogou muito bem”, disse o belga, que ainda poderá qualificar-se para as meias-finais, se vencer Dominic Thiem, na sexta-feira. “Um tenista, normalmente, perde quase todas as semanas. O mais importante é pensar no próximo encontro. Já tenho uma ideia de qual a táctica a usar contra ele porque já nos defrontámos muitas vezes”, adiantou.

Seja qual for o desfecho, a época de Goffin só terminará dentro de semana e meia, quando liderar a Bélgica na final da Taça Davis com a França, que se realizará no Estádio Pierre Mauroy, em Lille.

Na sessão nocturna, Thiem (4.º) defrontava o estreante espanhol Pablo Carreño Busta (10.º), repescado para ocupar o lugar de Nadal.

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