The Good Doctor, a série que destronou A Teoria do Big Bang, chega agora a Portugal

"Série de médicos" que está a ser um sucesso nos EUA tem estreia simultânea nos três canais AXN. Um cirurgião com autismo, humor e lágrimas.

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Freddie Highmore é Shaun Murphy ABC/AXN

É a série que destronou A Teoria do Big Bang e que volta a pôr a televisão num lugar onde ela já foi muito feliz – o hospital. Tem um truque, recurso obrigatório para que as séries se distingam entre a paisagem: o Good Doctor que lhe dá título é um jovem cirurgião com autismo. Cerca de 18 milhões de americanos já estão fidelizados a esta ficção hospitalar que esta quarta-feira terá direito a estreia simultânea em todos os canais AXN em Portugal.

Ao terceiro episódio, exibido na última semana, a nova série do canal ABC ultrapassou nas audiências a líder regular A Teoria do Big Bang. Chega agora a Portugal com uma aposta suficientemente forte para ocupar simultaneamente a noite dos canais AXN, AXN White e AXN Black às 23h10 com os seus dois primeiros episódios.

A equipa de produção é liderada por David Shore, nome que evoca a longa linhagem em que The Good Doctor se inscreve – é o criador de House, que, a par de Serviço de Urgência, é uma das mais reputadas “séries de médicos” de sempre. “The Good Doctor é ‘óptima’? Bom, não exactamente, mas faz o suficiente para preencher o vazio de um género que tem sido sempre menos sobre medicina” e mais sobre os meandros dos hospitais, resume Jake Nevins no Guardian, espelhando o que está a suceder entre o público e a crítica que já: a audiência está a gostar, a crítica não está 100% convencida.

The Good Doctor é protagonizada por Freddie Highmore, acabado de sair da pele de Norman “Psycho” Bates em Bates Motel e dado a conhecer ao grande público em Charlie e a Fábrica de Chocolate ou À Procura da Terra do Nunca. Ele é Shaun Murphy, cirurgião tecnicamente dotado mas cujos autismo e síndrome de Savant ("síndrome de sábio") lhe dificultam o contacto interpessoal. O público que já a viu assinala a existência de histórias com tons noveleiros, como Anatomia de Grey, a mais longeva série de médicos ainda no ar e que também pertence à ABC, mas também de casos médicos interessantes. E de humor. “Parece uma versão mais terna e cuidadosa de House”, escreve a Vanity Fair.

Um êxito de um canal generalista à imagem de This is Us, que no ano passado representou o regresso do drama familiar ao pequeno ecrã, The Good Doctor retoma a tradição do drama hospitalar numa paisagem televisiva crescentemente fragmentada e que até muito recentemente quase só tinha em séries de canais por subscrição ou serviços de streaming verdadeiros agregadores de massas e garantes de uma experiência de visionamento simultâneo. Um revés da intriga recente em This is Us pôs milhares a falar da série ao mesmo tempo, reproduzindo o efeito de uma morte ou de um regresso em A Guerra dos Tronos ou The Walking Dead. The Good Doctor parece ter outra coisa em comum com This is Us: essa capacidade universal de emocionar, de "fazer chorar sem vergonha”, como disse Shore ao site IndieWire.  

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