Membro da equipa de Narcos morto a tiro no México

Produtor responsável pela escolha de locais de filmagens foi assassinado em circunstâncias ainda por apurar.

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Uma das imagens da série Narcos Netflix

O responsável pela prospecção de locais de filmagens da série Narcos, Carlos Muñoz Portal, foi morto a tiro no México na passada segunda-feira e encontrado numa zona violenta no centro do país. As circunstâncias da morte do membro da equipa da série centrada no submundo do tráfico de droga não são ainda conhecidas.

A notícia é avançada pelo diário espanhol El País, que descreve como, segundo um amigo da vítima, Carlos Muñoz Portal saiu de carro rumo ao Estado do México, no centro do país, no início da semana. Foi encontrado com vários tiros no corpo, dentro do seu carro, na zona de San Bartolo Actopan, na zona de Temascalapa, perto da fronteira com Hidalgo, a região mais populosa do México e onde se concentra também a maior taxa de homicídios, escreve o mesmo jornal.

Carlos Muñoz Portal, de 37 anos, trabalhava há muitos anos na indústria, tendo créditos em Apocalypto, de Mel Gibson, em Sicario, também sobre o tráfico de droga EUA/México, ou no mais recente filme do franchise James Bond, Spectre, que arranca com uma cena emblemática na Cidade do México. Estava a trabalhar para a quarta temporada de Narcos, que depois do cartel de Pablo Escobar se voltou para o cartel Cali na recente terceira época, sendo que na próxima temporada rumará exactamente ao México e mais especificamente à região de influência do cartel de Juarez.

Há semanas, o PÚBLICO falou com um dos protagonistas da série e questionou Pedro Pascal, que interpreta o agente da DEA norte-americana Javier Peña, sobre a proximidade entre os protagonistas reais e a produção da série. “Não houve”, disse Pascal sobre as críticas do filho de Pablo Escobar a Narcos, “qualquer elemento de perigo”. Entretanto, e como nota a revista Hollywood Reporter, nos últimos anos a violência relacionada com o tráfico de drogas afastou, com cancelamentos ou deslocalizações, produções de cinema e televisão do México por questões de segurança.

O Netflix, que produz Narcos, uma das mais importantes produções próprias do seu catálogo, já lamentou a morte do prospector. “Os factos em torno da sua morte ainda são desconhecidos e as autoridades continuam a investigar” o que sucedeu na passada segunda-feira, diz o serviço de streaming em comunicado.

A polícia local, falando com o El País, indica não haver testemunhas e o amigo de Munõz Portal especula que “talvez tenham pensado que estava a recolher informação” com a sua câmara, que usava para trabalhar, “e começaram a segui-lo num carro”, disse, com a polícia a corroborar que há indícios de uma perseguição.

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