Sp. Braga bate Hoffenheim na Liga Europa

Minhotos estiveram a perder mas deram a volta ao resultado, conseguindo uma entrada auspiciosa na competição.

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Armando Babani/EPA

O Sp. Braga venceu esta quinta-feira, em Sinsheim, na Alemanha, o Hoffenheim (2-1), em jogo da primeira jornada do Grupo C da Liga Europa, com os golos de João Carlos Teixeira (45’+1’) e Dyego Sousa (50’) a virarem do avesso a história do encontro, já depois de Wagner (24’) ter inaugurado o marcador e criado a sensação de fim de tarde tranquila para os alemães.

As declarações de António Salvador no rescaldo da derrota de Setúbal e a proeza do Hoffenheim frente ao Bayern Munique compeliram Abel Ferreira a mudar a face do Sp. Braga na estreia da fase de grupos da competição.

Com as alterações – mais de meia equipa – introduzidas na Alemanha, o treinador português pretendeu, em primeira análise, formar uma couraça capaz de emperrar a dinâmica do opositor – também ele com inúmeras alterações não forçadas – mas que fosse simultaneamente capaz de surpreender, sobretudo através da criatividade de João Carlos Teixeira.

Na titularidade do médio ex-FC Porto e do avançado Dyego Sousa assentava boa parte da estratégia que acabou por funcionar nos primeiros 20 minutos, período em que o Hoffenheim se revelou impotente para beliscar os minhotos. Sequeira, Raúl Silva, Vukcevic e Esgaio surgiram em cena em detrimento de Bruno Viana, Jefferson, Fábio Martins, Xadas, Fransérgio e Ricardo Horta.

E foi pelo lado de Sequeira que os minhotos tremeram, com duas entradas nas costas do lateral a anunciarem o inevitável. O remate de Kaderabek à barra, depois de Sandro Wagner se ter embrulhado com Raul Silva na zona de rigor antecederam o golo de Wagner, oferecido por Kaderabek, com Sequeira e Rosic a comprometerem.

O Sp. Braga ameaçava ruir, mas Matheus e Vukcevic evitaram a derrocada iminente. E quando Abel começava a fazer contas à vida, João Carlos Teixeira fez o inesperado, empatando num voo projectado por Esgaio, a quem o técnico confiara uma missão mais adiantada sobre a direita, à frente de Goiano.

O tampão improvisado por Abel regressaria inspirado no recomeço e depois de Paulinho ter provado que o Sp. Braga não se limitaria a defender o resultado, Esgaio colocou Dyego Sousa na rota do golo que destruiu a confiança e orgulho germânicos.

O Sp. Braga assumia o controlo e passava a gerir o ritmo, tapando todos os caminhos para a baliza de Matheus, mesmo que aos poucos fosse dando inícios de ceder à pressão alemã. Mas resistiu.

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