Mais um apelo pela Ponte D. Maria Pia

Fórum Cidadania Porto volta a escrever ao primeiro-ministro, pedindo para que ele interceda directamente numa solução para a estrutura metálica fechada desde 1991

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A ponte continua com o futuro indefinido, à espera de uma proposta exequível Nelson Garrido

A menos de dois meses da celebração do 140.º aniversário da Ponte D. Maria Pia, entre Porto e Vila Nova de Gaia, os membros do grupo Fórum Cidadania Porto voltam a lançar um apelo ao primeiro-ministro, António Costa, para que algo seja feito pela estrutura que continua desactivada e à espera de um futuro. Mas as perspectivas não são as melhores.

Depois de um apelo inicial, feito no final de Junho, a várias entidades, os membros do grupo que se dedica a abordar problemas da cidade do Porto, apenas obteve resposta da empresa Infraestruturas de Portugal (IP), no passado dia 21 de Julho. A curta missiva explicava aos membros do fórum que “a IP tem estado a analisar o aproveitamento da Ponte D. Maria Pia sobre o rio Douro para a criação de um circuito pedonal e ciclável, incluindo a eventual utilização da ligação existente ao ramal da Alfândega, com várias entidades públicas e privadas”. Contudo, acrescenta-se no documento, “até à data, ainda não houve qualquer proposta concreta passível de merecer o acordo desta empresa quanto à possibilidade de concretização deste propósito”.

Ontem mesmo, os presidentes das câmaras do Porto e Gaia, Rui Moreira e Eduardo Vítor Rodrigues, apresentaram um conjunto de propostas referentes à mobilidade e travessias entre os dois concelhos, mas nada foi dito sobre a ponte inaugurada em 1877 e que encerrou deixou de servir de atravessamento de comboios em 1991, quando foi substituída pela Ponte de S. João. Desde essa data que se procura encontrar um novo uso para a estrutura em ferro, construída sob a direcção de Gustav Eiffel.

Com a aproximação de mais um aniversário da ponte, os membros do Fórum pedem a António Costa que “interceda directamente nesta questão, promovendo junto da tutela ministerial e dos responsáveis máximos pelas autarquias de Gaia e Porto, a concertação de vontades necessárias para que se encontre rapidamente uma solução para a Ponte Maria Pia, seja pela cedência da tutela da mesma àquelas autarquias, de forma definitiva ou não, seja por outro modo, para que seja possível a reabertura da ponte à população a muito curto prazo”. O apelo vai também no sentido para que a manutenção da ponte não seja descurada, para “garantir que este monumento nacional não entre em degradação”.

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