Valentim viu lista para a assembleia recusada pelo Tribunal de Gondomar

Candidato independente recorreu para o Tribunal Constitucional. Em causa está a falta de uma assinatura reconhecida para a substituição de um elemento da lista.

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Valentim Loureiro viu o Tribunal de Gondomar recusar-lhe lista para a assembleia municipal Adriano Miranda/Arquivo
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Valentim Loureiro viu o Tribunal de Gondomar recusar-lhe lista para a assembleia municipal JOSE CARLOS COELHO / PUBLICO

O regresso de Valentim Loureiro à luta autárquica em Gondomar tem sido um pouco atribulado, mas o major, que quer voltar a presidir à autarquia, não abranda no optimismo e diz mesmo que “ninguém melhor” do que ele pode ajudar as pessoas a resolver os seus problemas. “Modéstia à parte, eu sei raciocinar, sei pensar, sei actuar, sei sensibilizar, sei fazer”, disse.

Pela segunda vez, Valentim Loureiro viu o Tribunal de Gondomar recusar a lista que o seu movimento candidata à assembleia municipal e a algumas juntas de freguesia do concelho. Um dos elementos da lista que ocupava o 17.º lugar quis sair, e fazer-se substituir, mas o pedido de resignação não tinha a assinatura reconhecida notarialmente, razão pela qual a juíza de turno recusou a lista.

O candidato que avança para a câmara com a designação Valentim Loureiro Coração de Ouro recorreu da decisão para o Tribunal Constitucional (TC) e acredita que a decisão lhe será favorável. “A juíza do tribunal entendeu que a substituição de um candidato por outro devia ter a assinatura reconhecida, uma decisão que não é partilhada pelo meu advogado que apresentou recurso no Tribunal Constitucional. Estamos convencidos de que temos toda a razão do nosso lado e que o tribunal decidirá a nosso favor”, declarou ao PÚBLICO o candidato independente.

Valentim Loureiro emitiu um comunicado sobre a recusa da lista para a assembleia municipal  em que explica que “tal não resultou de qualquer reclamação” apresentadas pelo PS e pelo PSD. “Foi a juíza que entendeu que não se cumpriu um formalismo sobre a substituição de um candidato por outro à assembleia municipal”, revela o comunicado, adiantando que o recurso visa “provar que a substituição foi bem feita. Estou confiante”.

Em declarações ao PÚBLICO, o major mostra-se “absolutamente tranquilo” com o processo autárquico e afirma que o que “é importante numas eleições autárquicas é a câmara, e em relação à câmara está tudo aprovado”. “Estou concentrado neste trabalho, e pelo que li estou absolutamente convencido e, falando com vários juristas, o Tribunal Constitucional não pode deixar de nos dar razão. Ali há uma leitura jurídica da parte da juíza de turno que não é a leitura jurídica que outros juristas fazem, sobretudo de quem fez o recurso”, diz o candidato municipal.

Seja como for, enquanto aguarda pela decisão do TC, Valentim está no terreno no contacto com os eleitores que, outrora, lhe deram vitórias sucessivas, quer quando se candidatou pelo PSD quer depois como independente. “Não ando muito preocupado com a campanha. A campanha é a minha presença junto das pessoas que estavam habituadas a ter um presidente muito próximo, muito humano, muito sensível e muito acessível. Naturalmente, se estão assim tão ansiosas para que eu regresse, é porque agora não têm [um presidente assim] ”, afirma.

O candidato reafirma que decidiu candidatar-se porque “muita gente” lhe pediu e agora que está corrida dá nota da confiança que tem em si próprio. “Não conheço os dossiers, vai ser tudo novo, o que eu tenho é confiança em mim próprio, na minha capacidade e na capacidade daqueles que comigo se candidatam para resolver os problemas todos, sejam eles quais forem”, afirma, deixando uma farpa à actual maioria socialista que governa o município por não ainda “não tornado públicas as contas da câmara”.

“Nesta altura ainda não tive acesso às contas da câmara, porque, ao contrário do que a lei refere, elas ainda não forma publicadas. Portanto, não sei qual é a situação da câmara, mas seja qual for penso pela experiência que tenho e, modéstia à parte, pela capacidade que tenho, que sejam quais forem os problemas, ninguém os poderá resolver melhor do que eu. E não é convencimento! Eu sei raciocinar, eu sei pensar, sei actuar, sei sensibilizar a fazer”, declara, acusando a governação socialista de “fazer muitas festas, muito folclore e lançar muitos foguetes”.

Afirmando que ninguém lhe dá lições, sobretudo em Gondomar, um terreno que conhece bem, Valentim Loureiro atira ainda que o “actual executivo está a fazer muitas festas porque existe obra que lho permite” e que foi feita consigo à frente dos destinos da Câmara de Gondomar.

 

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