Mercado Municipal de Braga entra em obras ainda este ano

Câmara apresentou aos comerciantes as duas localizações provisórias, no Largo do Pópulo e no Campo da Vinha.

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O mercado e a envolvente vão ser requalificados. A obra custa 5,6 milhões de euros Paula Abreu

O largo do Pópulo e a praça Conde de Agrolongo foram os lugares escolhidos para acolher, transitóriamente, o Mercado Municipal de Braga, cujo edifício vai ser totalmente encerrado quando entrar em fase de requalificação a partir de Novembro ou de Dezembro, deste ano. O “novo” espaço vai estar a funcionar antes do Natal, garantiu o presidente da Câmara, Ricardo Rio.

O arranque das obras do edifício do mercado – cujo custo rondará os 4,5 milhões de euros - e dos arranjos exteriores – orçados em 1,1 milhões de euros  - está condicionado pelo visto do Tribunal de Contas, explicou a coordenadora de obras municipais, Alzira Torres. A responsável disse ainda que as intervenções nos dois espaços “vão ter de coincidir” por haver “ligações do próprio edifício à parte dos arruamentos”.

No período de obras, os comerciantes, que estarão isentos de taxas, vão ter de vender os produtos no espaço provisório, que custa mais de 800 mil euros, e eleva os gastos totais com o processo para cima dos seis milhões de euros.  O projecto, apresentado na quarta-feira, contempla a instalação de algumas tendas no largo do Pópulo, nomeadamente para as secções de hortícolas e frutícolas, peixaria, padaria, praça de alimentação e dos talhos, a que acrescem outras tendas na Praça Conde de Agrolongo, antigo Campo da Vinha, para os lavradores que ocasionalmente levam os seus produtos e para as floristas.

O arquitecto responsável, Nuno Azevedo, defendeu que o local escolhido é o mais adequado para a solução provisória, pela “proximidade” ao anterior mercado e pelo “potencial para albergar tudo o que é necessário”, apesar de reconhecer a escassez de espaço – muitos dos comerciantes vão ter uma área de atividade de pouco mais de seis metros quadrados.

Autarca diz que solução provisória ainda vai ser revista

O projecto do mercado provisório suscitou questões dos comerciantes presentes, relacionadas quer com a exiguidade dos espaços disponíveis, quer com a instalação do equipamento adequado para quem trabalha na parte alimentar. As queixas mais audíveis surgiram, porém, das floristas, comerciantes diárias, em virtude do local atribuído, num dos cantos da Praça Conde de Agrolongo, longe do núcleo do mercado, no Pópulo.

Nuno Azevedo justificou a escolha com a necessidade de terem um esgoto por perto, em virtude da utilização de água, e o presidente da Câmara disse que o “espaço das floristas” ainda vai ser reavaliado, tal como outras questões relacionadas com a “organização do espaço” e de “fácil resolução”. Ricardo Rio reconheceu, porém, que a “margem para ampliar o espaço é muito curta” face à “exiguidade da praça”, mas defendeu que uma possível expansão do “mercado transitório” para “outra zona da cidade” – o Campo das Hortas foi a outra solução veiculada pelo município no início do ano – iria anular o “benefício da concentração”.

O autarca referiu também que as instalações, apesar de provisórias, são “muito qualificadas”, e que os lugares vão ser distribuídos por “sorteio”. E adiantou ainda que os horários poderão ser mais alargados do que os actuais.

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