Justin Gatlin e o título em Londres: “Só queria entrar na pista e agarrar a corrida”

O PÚBLICO falou durante alguns minutos com o homem que derrotou Usain Bolt e que conseguiu voltar ao ouro 12 anos depois.

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A zona mista após uma final de 100m em grandes competições internacionais é sempre intensa, entre gente que tenta aproximar o mais possível o microfone para captar as palavras dos protagonistas, ou que queira só tirar uma fotografia. E os Mundiais de Londres não seriam excepção, ganhasse ou não Usain Bolt. Não ganhou. Pela primeira vez em 12 anos foi Justin Gatlin, o veterano sprinter norte-americano, que ficou com o título. Pela primeira vez em 12 anos, enfrentou os jornalistas como um vencedor, não como um derrotado.

A assessora da equipa norte-americana bem tentava apressar a passagem de Gatlin pela zona mista, mas o novo/velho campeão mundial parou para toda a gente. Para o PÚBLICO também. E falou de títulos presentes e passados e até recordou o dia em que bateu Francis Obikwelu na final dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, em que impediu Portugal de ter um título na velocidade por um centésimo de segundo. Isto não é uma entrevista. Foram algumas perguntas em poucos minutos.

Qual é a principal diferença entre este Justin Gatlin que foi campeão em Londres e o que ganhou os primeiros títulos em 2005?
Não há grande diferença. E sabes por quê? Este ano aproveitei algum tempo para pensar no sucesso que tive em 2005 e na forma como eu corria. Não me preocupei com tempos, não me preocupei se chegava aos 9,70s ou se batia o recorde do mundo. Em nada disso. Só queria entrar na pista e agarrar a corrida. Foi o que fiz aqui. E viram um bocadinho do Justin de 2005. A divertir-se, focado na corrida, a olhar apenas para a sua pista e a trabalhar no duro.

E aquela final olímpica em 2004, em que ganhou a Francis Obikwelu?
É um grande atleta, basta olhar para o que ele fez por Portugal (obviamente que sabes o que ele fez). Esta corrida foi um bocado uma imagem dessa final de 2004, em que ele foi um segundo classificado muito próximo de mim. Ele é um bom tipo, tenho-o visto ao longo dos anos, mesmo depois de se retirar.

Voltou a ter sucesso aos 35 anos. O que é que vem a seguir?
Ainda tenho de dormir sobre o assunto. Faz-me essa pergunta amanhã e eu digo-te. Agora tenho de ir.

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