Seleccionador nacional confia no estilo das portuguesas

Equipa livrou-se dos nervos da estreia e confia na vitória frente à Escócia para somar primeiros pontos no Europeu.

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A selecção feminina de Portugal enfrenta neste domingo, em Roterdão, no Sparta Stadion (17 horas, RTP) - já sem a pressão e ansiedade que minaram a estreia no Europeu (derrota por 2-0 frente a Espanha) -, uma Escócia aturdida por seis humilhantes "socos" sem resposta da Inglaterra.

A segunda ronda do Grupo D é, de resto, vista pelo seleccionador português, Francisco Neto, como uma oportunidade para corrigir alguns equívocos detectados no primeiro jogo, sem abdicar de uma identidade que permita contrariar o jogo directo e o maior poder de choque das escocesas.

Neste sétimo encontro oficial com a Escócia (décimo no total) – histórico marcado pelo equilíbrio -, Portugal terá oportunidade de se afirmar, mesmo que ninguém esteja à espera de um adversário diminuído pela goleada recorde em fases finais de Europeus, imposta às escocesas.

Aliás, nem era necessário Anna Signeul, seleccionadora das escocesas, garantir que “a coesão da equipa permanece intacta”, para alterar o discurso das portuguesas, empenhadas em provar que o grupo não se resume a Inglaterra e Espanha.

Francisco Neto detectou uma boa reacção à derrota na estreia e assume a possibilidade de fazer alterações no "onze", garantindo que as atletas estão “prontas e focadas” num jogo que se aproxime mais da segunda parte com a Espanha.

“Queremos continuar a melhorar. A Escócia tem uma equipa capaz de nos causar problemas, pois possui boas jogadoras e, como nós, está desejosa de somar os primeiros pontos”, antecipou, aceitando que o adversário desta tarde é o que está mais próximo do valor da equipa lusa, apesar das diferenças de estilo.

“A Escócia tem um futebol mais directo”, advertiu, suspeitando das bolas longas, o tipo de lance que “maior dificuldade nos criou contra a Espanha” e que confia poder anular com um jogo de posse.

“Queremos ter a bola mais tempo em nosso poder para evitar que nos ataquem a partir de zonas mais abertas”, concluiu Francisco Neto, perspectivando uma subida de rendimento de ambas as equipas.

Algo afectada pelas lesões, com Jane Ross de fora deste jogo, a Escócia terá ainda que lidar com uma selecção “mais relaxada”, como afirma Dolores Silva.

“Queremos melhorar e alcançar o melhor resultado possível”, declarou a centrocampista portuguesa, atenta às características do futebol das escocesas.

“É diferente da Espanha, mas não deixa de ser uma equipa forte, apesar de menos ofensiva. Mas estamos preparadas! Conhecemos bem a forma de jogar da Escócia”, remata com confiança.

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