Tribunal turco ordena prisão de presidente da Amnistia e de mais cinco activistas

Foram acusados de ajudarem um grupo terrorista.

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Idil Eser, directora da Amnistia Inetrnacional Reuters

Um tribunal de Istambul ordenou esta terça-feira a prisão de seis activistas dos direitos humanos, entre eles a directora da Amnistia Internacional que estava detida desde 5 de Junho. Foram acusados de terem auxiliado um grupo terrorista.

A directora da AI, Idil Eser, foi detida juntamente com outros activistas turcos e dois estrangeiros durante uma sessão onde se discutia segurança online num workshop em Büyükada, uma ilha a Sul de Istambul. Na segunda-feira, foram ouvidos pela primeira vez e esta terça-feira alguns foram formalmente acusados.

"Seis ficaram detidos e quatro foram libertados com termo de identidade", disse à AFP Andrew Gardner, da Amnistia Internacional, citado pelo jornal turco Hurriyet.

São acusados de "terem comedido um crime em nome de uma organização terrorista", sendo que o nome dessa organização nunca foi mencionado, acrescentou Gardner. "Hoje aprendemos que defender os direitos humanos é crime na Turquia", concluiu.

As autoridades turcas lançaram uma campanha contra o movimento do imã Fethullah Gülen, antigo aliado do Presidente Recep Erdogan e agora considerado o seu principal inimigo - é acusado por Ancara de ter tentado derrubar o Governo no golpe (falhado) de 15 de Julho de 2016.

No mês passado, o presidente da Amnistia Internacional, Taner Kiliç, foi detido e acusado de ter ligações a Gülen.

Mais de 50 mil pessoas foram detidas e mais de cem mil (juízes, professores, polícias, militares) foram despedidos ou suspensos desde o golpe. Na segunda-feira, o Governo prolongou por mais três meses o estado de emergência declarado após 15 de Julho.

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