Turquia detém 12 activistas, incluindo directora da Amnistia Internacional

ONG denuncia “abuso de poder” das autoridades turcas.

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Recep Erdogan, Presidente da Turquia EPA/SEDAT SUNA

A polícia turca deteve 12 pessoas, incluindo a directora executiva da Amnistia Internacional na Turquia, e outros activistas dos direitos humanos, que estavam reunidos numa ilha perto de Istambul. O presidente da Amnistia, Taner Kiliç, está detido desde o mês passado.

Segundo a Reuters, que cita o jornal turco Hürriyet, os activistas estavam reunidos num hotel na ilha de Buyukada, falando de segurança online, quando foram levados para a esquadra da polícia. Não se sabe por que foram detidos.

A Amnistia Internacional pediu a libertação do grupo, mostrando-se “profundamente perturbada e indignada” com a detenção destes activistas que participavam num seminário sobre segurança digital e gestão de informação.

Entre os detidos estão Idil Eser, directora executiva da Amnistia Internacional na Turquia, e sete outros activistas, além do dono do hotel.

“Isto é um grotesto abuso de poder e mostra a situação precária dos activistas dos direitos humanos no país”, disse Salil Shetty, secretário-geral da Amnistia Internacional.

Após uma tentativa de golpe de Estado em Julho de 2016, a Turquia deteve mais de 50 mil pessoas e 150 mil foram suspensas ou demitidas dos cargos que ocupavam.

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