Secretário de Estado da Cultura defende recuperação do património existente no Barreiro

"Pretendemos com esta visita sensibilizar para os problemas que existem com o património industrial, ferroviário ou moageiro", frisou o presidente da câmara.

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Há ainda muitos vestígios do sector moageiro Rui Gaudencio

O secretário de Estado de Cultura afirmou nesta terça-feira que a recuperação do património existente no Barreiro é essencial para o futuro do concelho, referindo que ficou surpreendido com a diversidade de património industrial e ferroviário existente.

"Já conhecia, mas fiquei surpreendido com o património industrial e ferroviário existente. A Cultura tem tido um papel importante na regeneração de património, mas as respostas têm que surgir de forma integrada. O futuro do Barreiro também se joga na recuperação do património e não se pode falar do futuro do Barreiro sem pensar nas relações que este património deve ter", disse Miguel Honrado.

O secretário de Estado visitou nesta terça-feira o concelho do Barreiro, acompanhado por elementos do executivo municipal, liderado por Carlos Humberto (PCP), passando pelo património da ex-CUF (Bairro Operário, Casa da Cultura, Mausoléu Alfredo da Silva e Museu Industrial), o património ferroviário e moageiro (oficinas da EMEF e antiga estação) e as instalações da Associação de Desenvolvimento de Artes e Ofícios (ADAO).

"Vou sensibilizar os meus colegas sobre o que aqui vi e todo o seu potencial. A resposta tem que ser integrada, não passa apenas pela Cultura, mas a Cultura tem uma resposta a dar", salientou.

Miguel Honrado abordou também a classificação de património da antiga CUF que está em curso, explicando a exclusão do antigo posto médico do processo.

"É preciso fazer escolhas. O antigo posto médico foi avaliado pela DGPC no conjunto de património a classificar, num processo que está em curso. Essa questão específica foi mesmo levada à secção especializada, que concluiu que não reunia condições para integrar o conjunto de património a classificar", explicou.

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, disse que a visita incidiu sobre o património construído, referindo que as questões culturais fazem parte do desenvolvimento que pretendem para o concelho.

"Não há desenvolvimento sustentado se não se valorizar o património cultural. Pretendemos com esta visita sensibilizar para os problemas que existem com o património industrial, ferroviário ou moageiro", frisou.

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