Juventude alemã testa veterania chilena

Depois do empate a uma bola na fase de grupos, as selecções de Löw e Pizzi decidem quem irá levar a Taça das Confederações. Os sul-americanos partem com alguma favoritismo depois de terem eliminado o campeão europeu Portugal.

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Juan Antonio Pizzi está confiante para a final Reuters/MAXIM SHEMETOV

Dez dias depois do embate na fase de grupos, a Alemanha e o Chile reencontram-se, este domingo, na final da Taça das Confederações, em São Petersburgo, para discutir o troféu (RTP1, 19h). Entre a veterania dos sul-americanos e a juventude da selecção campeã mundial, voltam a defrontar-se duas escolas bem distintas de futebol, que têm acumulado êxitos internacionais nos últimos anos.

A selecção de Juan Antonio Pizzi já demonstrou na primeira partida com os germânicos (1-1) e ao eliminar o campeão europeu Portugal, nas meias-finais, no desempate por grandes penalidades, que veio à Rússia determinada em consagrar uma geração de ouro do seu futebol. É a equipa com a média mais alta de idades (29) em competição (na partida com a equipa de Fernando Santos a média foi de 29,9) e a grande incerteza reside exactamente na forma como os seus jogadores terão recuperado do embate com a selecção nacional, na última quinta-feira.

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Neste particular, a juventude dos alemães pode ser uma mais-valia importante, apesar de terem menos um dia de descanso. Sem nenhum jogador que chegue aos 30 anos (Joachim Löw deixou de fora deste torneio algumas das suas maiores estrelas, como Özil, Kroos, Müller, Boateng ou Neuer), a Mannschaft apresentou nas meias-finais, frente ao México (4-1), um “onze” inicial, com uma média etária de apenas 23,8 anos. E oito dos seus jogadores poderiam mesmo ter integrado os sub-21 que acabaram de sagrar campeões europeus na Polónia.

O futuro do futebol germânico parece estar perfeitamente assegurado, faltando uma Taça das Confederações para preencher um vasto currículo de êxitos. Desde 2006, a selecção principal alemã alcançou sempre, como patamar mínimo, as meias-finais de todas as competições que disputou, com o ponto mais alto a ser alcançado com a conquista do Mundial de 2014, no Brasil.

Com um palmarés menos recheado, mas que tem também acumulado conquistas nos últimos anos, o Chile chega à derradeira partida da Taça das Confederações com dois títulos consecutivos na Copa América (2015 e 2016), que são igualmente os seus maiores êxitos internacionais. Consagraram uma geração de grandes futebolistas que está a entrar na recta final das suas carreiras, como Claudio Bravo (34 anos), Beausejour (33), Jara (31), Vidal (30), 'Tucu' Hernández (30) e Marcelo Díaz (30).

A final de São Petersburgo colocará frente-a-frente a selecção mais concretizadora e uma das que sofreu menos neste torneio. Com 11 golos apontados, a Alemanha continua a ter bem oleada a sua máquina atacante; enquanto o Chile tem surpreendido no sector defensivo, tendo visto as suas redes violadas apenas por duas vezes (as mesmas que Portugal).

Nos quatro confrontos oficiais já disputados entre estas duas selecções, a equipa europeia venceu três e empatou apenas um, exactamente o encontro da fase de grupos desta Taça das Confederações. Mas, depois de eliminar Portugal e face às exibições na primeira fase desta competição, os sul-americanos partem com algum favoritismo e confiança.

“Sempre fomos capazes de competir ao mais alto nível. Demonstramos que podemos disputar partidas com qualquer selecção em qualquer competição”, garantiu Pizzi, na antecipação da final.

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