Alemanha experimental contra México de primeira

Campeões do mundo contra vencedores da CONCACAF para discutir em Sochi um lugar na final da Taça das Confederações.

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Joachim Low, seleccionador germânico, tem conseguido bons resultados à frente da selecção alemã PETER POWELL/EPA

Apesar de serem de continentes diferentes, Alemanha e México já se cruzaram várias vezes em campo. Sem contar com os particulares, foram quatro os jogos em grandes competições, sempre com um resultado favorável para os alemães, o mais doloroso de todos para os centro-americanos uma derrota nos penáltis nos quartos-de-final do Mundial do México em 1986. A última vez que as duas selecções se defrontaram foi na Taça das Confederações foi em 2005, no jogo do terceiro lugar, e foi nova vitória alemã após prolongamento. Doze anos depois, a Taça das Confederações volta a ser o palco para confronto entre Alemanha e México, que vão lutar em Sochi por um lugar na final do torneio.

São duas selecções de filosofias diferentes as que se defrontam nesta quinta-feira na cidade que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014. Fiel à forma como costuma encarar a Taça das Confederações, a Alemanha, que nunca ganhou esta competição, está na Rússia em experiências, mas este elenco secundário convocado por Joachim Low (com apenas dois campeões do mundo, Draxler e Mustafi) tem mostrado alguma qualidade, mesmo que não tenha a fiabilidade habitual, especialmente na defesa (golos sofridos em todos os jogos da fase grupos). Já o México apresenta-se na sua melhor versão para continuar na corrida por um segundo título na competição (ganhou em 1999).

Esta talvez seja uma oportunidade única para o México, campeão da CONCACAF, finalmente vencer o campeão do mundo em competição, mas Juan Carlos Osório, treinador colombiano dos mexicanos, não acredita em facilidades só porque vai defrontar uma Alemanha secundária. “Acho que vamos jogar contra uma equipa que pode ser um exemplo a seguir. Não faz diferença se eles são jovens, ou não. O que realmente interessa é a experiência que têm, apesar de serem jovens”, sustentou Osório, que tem às suas ordens vários jogadores com experiência na liga portuguesa, os portistas Diego Reyees, Hector Herrera e Miguel Layún, e o benfiquista Raúl Jiménez.

Low, por seu lado, não se arrepende da decisão de ter seleccionado uma equipa que pouco tem a ver com a equipa que se sagrou campeã mundial em 2014. “Até ver, tem funcionado muito bem”, diz o treinador que no jogo frente aos Camarões (o último da fase de grupos) conseguiu a sua 100.ª vitória em 150 jogos na selecção germânica, um cargo que o treinador de 57 anos ocupa desde 2006. Para Low, a carreira germânica na Rússia e o apuramento dos sub-21 para a final do Euro na categoria, é sinal de que o futuro da “mannschaft” está garantido: “Nos últimos anos, temos feito um bom trabalho e podemos estar tranquilos.”

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