Primeiro centro de certificação de armas do país abre em Viana
Há apenas 14 centros semelhantes no mundo inteiro, segundo vereador do urbanismo da cidade.
Viana do Castelo vai ter o primeiro centro de certificação de armas e munições do país, num investimento de 2,3 milhões de euros que a Câmara local declarou, esta sexta-feira, por unanimidade, um projecto de Interesse Público Municipal.
Na apresentação do projecto, em reunião ordinária do executivo municipal, esta sexta-feira, o vereador do Urbanismo, Luís Nobre, explicou que "no mundo só existem 14 estruturas idênticas".
O responsável adiantou que a construção do Banco de Provas (BdP) de Armas de Fogo e Munições, em parceria com a Polícia de Segurança Pública (PSP), vai ser candidatada aos fundos comunitários do Portugal 2020 e que deverá começar a ser edificado em 2018, num terreno situado na zona industrial de São Romão do Neiva, na margem esquerda do rio Lima.
"Pretende-se assim edificar um BdP em Viana do Castelo, único em Portugal, que certifique a qualidade e segurança de armas de fogo e seus componentes, permitindo uma efectiva rastreabilidade, guarda, segurança, uso e porte de armas, seus componentes e munições, de uso civil", lê-se na proposta aprovada por unanimidade.
No documento, o executivo socialista explica que a implementação daquela estrutura "permitirá, simultaneamente, desenvolver capacidades nesta área de especial relevo para a prevenção da criminalidade, melhorando a prevenção e resposta, partilhando esta informação com outras entidades com competências na matéria, incrementando, desta forma, a segurança interna e permitindo que Portugal contribua para assegurar um elevado nível de segurança na União Europeia".
De acordo com a proposta que reconhece o Interesse Público Municipal daquele equipamento a localização do BdP "permitirá à empresa Browning — único fabricante de armas de fogo em Portugal com produção relevante —, desenvolver a sua actividade em condições de maior segurança, bem como permitirá atrair fabricantes de munições da vizinha Espanha, contribuindo, desta forma, por um lado, para uma maior e melhor partilha de informação entre os dois países e por outro lado, o incremento da sustentabilidade do projecto".