Governo cria comissão para prevenir, monitorizar e acompanhar efeitos da seca

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera revelou que Portugal continental se encontrava, em Abril, com 96% do território em situação de seca fraca a moderada.

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O ministro da Agricultura disse que não havia, por enquanto, registo de prejuízos evidentes na agricultura devido à seca Rui Gaudencio

O Conselho de Ministros aprovou nesta quinta-feira a criação de uma comissão permanente para prevenir, monitorizar e acompanhar os efeitos da seca para elaborar um plano de contingência e estabelecer eventuais medidas preventivas. "Foi aprovada a criação da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, apesar de estar a chover", disse a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de hoje.

"A evolução meteorológica dos últimos meses indica que poderemos vir a ser confrontados, num futuro próximo, com uma situação de seca, justificando-se uma actuação atempada de eventuais medidas preventivas e mitigadoras" deste problema, diz o texto do Governo. Será ainda elaborado um plano de contingência que possa vir a ser accionado "se e quando as circunstâncias o determinarem".

Esta comissão permanente será interministerial e contará com a assessoria de um grupo técnico composto por representantes de diversos organismos da administração, "relevante face às diferentes dimensões do fenómeno".

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera revelou que Portugal continental se encontrava, em Abril, com 96% do território em situação de seca fraca a moderada, um aumento significativo relativamente ao mês de Março (20%). Na terça-feira, numa conferência em Faro, no Algarve, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse não haver, por enquanto, registo de prejuízos evidentes na agricultura devido à seca, apesar de haver indícios que apontam para a previsão de um período de seca.

"Neste momento, estamos apenas numa situação em que há indícios claros de que poderemos vir a ter um período de seca. Não há, neste momento, ainda prejuízos imediatos e evidentes" na agricultura, declarou então o governante aos jornalistas.

 

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