O Sporting falhou este domingo, pela segunda vez, de forma estrondosa, o sonho de conquistar a UEFA Futsal Cup, saindo copiosamente goleado, por 7-0, da final de Almaty, no Cazaquistão, frente ao Inter de Ricardinho, que se sagrou tetracampeão num jogo épico e que terminou com a maior diferença de sempre registada numa final da competição. 

Eleito pela quarta vez melhor jogador do mundo, Ricardinho somou o segundo título, depois da consagração ao serviço do Benfica, em 2010, naquela que foi a sétima final para o Inter. Os espanhóis vingaram, assim, a derrota na final do ano passado, frente aos russos do Ugra.

O Sporting sentiu dificuldades para contrariar a entrada decidida da formação espanhola, que esteve na iminência de marcar por duas vezes logo no segundo minuto, valendo os reflexos de Marcão e o joelho de Fortino para impedir o golo de Mario Rivillos.

Os espanhóis chegariam à vantagem por Bastezini (6'), após assistência de Humberto. O brasileiro aproveitou um lançamento longo para obrigar Marcão a defesa incompleta, com o guarda-redes a desposicionar-se na tentativa de fazer a cobertura, o que permitiu a entrada triunfal de Bastezini. 

O Sporting atravessava um período de forte assédio, acabando por sobreviver face ao desacerto dos espanhóis na hora da finalização, com Humberto, Lolo e Rafael Rato desastrados.

Alex Merlim, com um remate ao ferro, e Cavinato, com duas finalizações a ameaçar a baliza do Inter, tentavam aliviar a pressão, conseguindo equilibrar o encontro, mas denotando os mesmos problemas de eficácia dos espanhóis. Diego esbanjou uma situação clara para empatar, com o guarda-redes do Inter batido, antes de o Inter mostrar que já tinha contemporizado demasiado tempo.

O castigo surgiria pouco depois: Ricardinho isolava Lolo, que não perdoaria (15') com uma execução simples, a forçar o Sporting a assumir-se para tentar inverter o rumo que a final começava a tomar. Os "leões" reagiram de pronto, por Dieguinho, mas foi por intermédio de Marcão - a tentar o 5 contra 4 - que Jesús Herrera esteve na iminência de ser batido, após desvio de trajectória no corpo do "capitão" Ortiz. 

A segunda parte acentuaria apenas as diferenças óbvias entre as duas equipas, com o Inter a jogar no erro do adversário e a chegar rapidamente ao 4-0, com golos de Rafael Rato (22') e Mario Rivillos (23'). 

O Sporting lançava-se num ataque desesperado a que o Inter resistiu, apesar de alguns sustos, organizando um bloco impenetrável, com Ricardinho solidário nas acções defensivas, apesar de ter tentado marcar um par de vezes em remates de longe. Aliás, foi assim que o Inter chegou ao quinto (por Rivillos, aos 31')... ao sexto e ao sétimo, num remate de baliza a baliza do português Ricardinho (33'), que finalizou com um toque pessoal a final de Almaty, bisando (36') com novo "balão" do meio da rua, perante o desespero, impotência e até incredulidade dos "leões" que já não se lembravam de acabar um jogo em branco, apesar do número mais do que suficiente de oportunidades criadas.