Cidadãos e freguesias à distância de uma nova aplicação móvel

Aproximar os cidadãos da gestão da cidade, preservar do espaço público e reduzir burocracias são os principais objectivos da app Nossa Freguesia

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A aplicação “NossaFreguesia” já está disponível para ser descarregada de forma gratuita Paulo Pimenta

Há uma nova aplicação móvel destina a aproximar os cidadãos da gestão da respectiva freguesia. A NossaFreguesia, que é também uma plataforma para as juntas, foi lançada na semana passada pela empresa portuguesa RightCo, para melhorar a eficiência dos serviços e promover a participação cívica através dos dispositivos iOS e Android.

O processo é simples: o utilizador reporta na aplicação a ocorrência que encontra no espaço público, como falta de caixotes do lixo, buracos na calçada, ou iluminação deficiente. Com base na georreferenciação da plataforma, é possível detectar o local do acontecimento que é enviado de imediato para a autarquia correspondente, quer seja ou não da sua competência. O estado actual da ocorrência pode ser acompanhado: por resolver, em análise ou resolvido.

Cada Junta de Freguesia pode ter a sua própria aplicação personalizada e dedicada especificamente aos seus fregueses, como é o caso da lisboeta Penha de França, que sente o interesse por parte dos seus cidadãos na limpeza e qualidade do espaço público. “O objectivo é fazer com que as pessoas sejam nossas aliadas ao dizer o que está mal perto das suas casas e desafiar a Junta a responder a esses problemas de forma mais eficiente”, explicou Sofia Oliveira Dias, Presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, que com a aplicação “IPenha” se tornou a primeira cliente da plataforma “NossaFreguesia”.

Nuno Firmo, fundador e gestor de inovação da RightCo, afirma que esta aplicação “quebra a barreira entre a autarquia e o cidadão, porque, por um lado, o cidadão sente que é ouvido e, por outro, quem gere o espaço público sente que responde aos pedidos dos cidadãos”. As Juntas de Freguesia do Areeiro e Santo António (Lisboa), Cascais e Estoril (Cascais), Maximinos, Sé e Cividade (Braga) e Rio Tinto (Gondomar) são outros dos clientes deste mercado das aplicações destinado à participação cidadã nas freguesias.  

O desenvolvimento de plataformas para aproximar os cidadãos dos órgãos locais é uma das áreas em crescimento, no sector da inovação ao serviço das designadas cidades inteligentes, e são várias as propostas disponíveis. As primeiras instituições a aderir a estas formas de incentivo à participação foram os municípios,  que, desta forma, e como acontece com as freguesias, aceitam um maior escrutínio dos moradores em relação ao processo de resolução dos problemas reportados. 

Texto editado por Abel Coentrão

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