Paços de Ferreira quer integrar futuras rotas do turismo industrial

Associação Empresarial que organiza, a partir de sábado, 1 de Abril, a 48.º Capital do Móvel já iniciou contactos com o Turismo do Porto e Norte de Portugal.

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Fernando Veludo

A Associação Empresarial de Paços de Ferreira diz que o concelho que exporta 25 milhões de euros por mês em mobiliário tem todas as condições e todo o interesse em integrar as rotas de turismo industrial que merecem cada vez mais aceitação do grande público. “Queremos aproveitar esta onda de turistas, e levá-los até aos quase mil milhões de metros quadrados de área expositiva que temos no concelho”, disse o presidente da associação empresarial, Rui Carneiro. A afirmação foi feita durante um encontro com jornalistas, marcado para apresentar a 48º edição da Capital do Móvel, a feira de mobiliário que é organizada duas vezes por ano em Paços de Ferreira. E nele o dirigente associativo adiantou já estar em contacto com Agencia Regional de Promoção Turística Porto e Norte de Portugal para aferir a viabilidade deste novo circuito.

Antecipando 2017 como “um ano muito positivo” para a AEFP e para o sector, Rui carneiro anunciou “um novo modelo” para a feira de mobiliário do concelho, que quer ver reconhecida como uma montra da nova imagem de modernidade que atravessa o sector. Mas, admite o dirigente associativo, essa imagem será melhor percepcionada a partir do próximo ano, depois de recolhidos os frutos que espera obter com as iniciativas que têm agora em curso. Como aquela que desenvolveu em parceria com a Câmara Municipal e onde foram desafiadas 15 multinacionais que nada têm a ver com a indústria do mobiliário (entre elas estão a Galp, a Vodafone, a Phillips ou a Speedo) que sugerissem e desenhassem uma peça de mobiliário. “Queremos provar que em Paços de Ferreira há know-how e capacidade técnica para dar resposta a solicitações de qualquer tipo”, diz Rui Carneiro.

“Há uma série de empresas de Paços de Ferreira que já fazem as melhores feiras do mundo, desde Paris a Milão e o nosso mobiliário não fica atrás [dos concorrentes internacionais] em ‘design’, sendo que em preço somos melhores, e em qualidade somos melhores ainda”, sustentou.

De acordo com o presidente da AEPF, 13% dos 1700 milhões de euros das exportações nacionais de mobiliário e colchoaria têm origem em Paços de Ferreira. Este concelho só perde a liderança do segmento para São João da Madeira (que lidera na colchoaria)

A Capital do Móvel é uma feira organizada assumidamente, para o público final, e merece sobretudo a visita de clientes portugueses e espanhóis. Mas também franceses, angolanos, alemães e ingleses. Na 48ª edição, que arranca no próximo dia 1 Abril, são esperados cerca de 20 mil visitantes, para visitar as exposições de 75 empresas participantes.

 As visitas empresariais são feitas em outros moldes: ou através de missões empresariais como aquela que vai levar oito empresas até ao Irão, para fazerem uma mostra de produto fora de ambiente de feira; ou através de missões inversas, como aquelas que estão planeadas para fazer com empresários e centrais de compra da Alemanha (em Junho) e do Reino Unido (em Setembro). 

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