Quem disse que Norte do país não é destino de golfe

Aliança de campos, hotéis e empresa de serviços marca viragem na região

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A Associação Porto Destino de Golfe presente no Salon du Golf em Paris, em Março / © D.R.

De 2 a 6 de Abril, 16 jornalistas de 10 países da European Golf and Travel Media Association, incluindo o seu presidente, o irlandês Jo Maes, vão visitar o Norte de Portugal para conhecer e experimentar os cinco maiores campos de golfe da região e respectivos serviços hoteleiros associados. 

Esta é uma de várias iniciativas promovidas ou a promover pela Associação Porto Destino de Golfe (APDG), criada oficialmente no ano passado (órgãos sociais, direcção responsável pela sua organização e gestão e Estatutos para um melhor enquadramento), mas que tem actividade há cerca de três anos como cluster, para a promoção internacional da região Norte como destino de golfe, fazendo parte da mesma os cinco campos de 18 buracos da região, quatro hotéis e uma empresa de serviços. 

Ao Golfe de Amarante, Estela Golf Club, Oporto Golf Club, Axis Golfe Ponte de Lima e Vidago Golf Course associam-se as unidades hoteleiras Casa da Calçada, Hotel Solverde Spa & Wellness Center, Hotel Axis Golfe Ponte de Lima, Vidago Palace Hotel. Na criação estava também o Primavera Perfume Hotel, em Vidago, que decidiu no ano passado suspender a sua condição de membro. 

A empresa de serviços é a Golf Concierge, que entrou na fundação do projeto com o serviço de transfers e aluguer de automóveis, alargando desde o ano passado ao aluguer de equipamento, estando assim a proporcionar a possibilidade de os jogadores encontrarem no destino tudo o que precisam para umas férias de golfe, sem terem de viajar com o equipamento próprio. 

“É uma importante viragem neste agora destino e irá colmatar a falta de jogadores nacionais e quebrar a sazonalidade da indústria hoteleira”, diz João Silva, director-executivo do Golfe de Amarante, que ficou encarregado da comunicação e imagem da APDG. “Sabemos que temos o handicap da distância entre os campos, em alguns casos são 30, 40 minutos de carro de um para outro, pelo que temos de nos afirmar não só pelo golfe, mas também pela gastronomia e vinhos, o touring cultural, saúde e bem-Estar, natureza ou o turismo náutico, fazendo com que a complementaridade seja aqui um factor determinante para a competitividade do destino. Tudo integrado numa região com quatro zonas classificadas como património mundial da Unesco e um clima moderado.” 

Já no corrente mês de Março a APDG, presidida por Manuel Miguel, da Axis Golfe Ponte de Lima, esteve presente no Salon du Golf, através de um stand que teve a visita de centenas de pessoas interessadas em saber mais sobre o Porto, o Norte de Portugal e o que têm para oferecer. “É uma feira de relevante interesse, pois a procura pelo destino é enorme, aliada à facilidade e regularidade de voos para o Aeroporto do Porto”, diz João Silva, informando que há aposta no mercado escandinavo e um reforço do francês e do alemão.

Filipe Lima, o n.º 2 do golfe português, marcou presença no stand da APDG em Paris

Em termos de feiras internacionais, A APDG marcará presença este ano também no London Golf Show (com data ainda por anunciar) e no International Golf Travel Market, de 11 a 14 Dezembro, em Cannes, França. 

Também se fará representar em torneios internacionais do European Tour – no BMW International Open, de 22 a 25 de Junho, em Munique, Alemanha. E no KLM Open, de 14 a 17 de Setembro, em Spijk, Holanda. De que maneira? João Silva explica: 

“Estamos ainda a definir a estratégia e modelo a adoptar nos torneios, dependendo das condições apresentadas pelas organizações. Por presenças anteriores, temos dois modelos de participação, sendo que um deles é ter um stand próprio na habitual ‘aldeia do golfe’, à entrada para o campo, e o segundo é termos presença no stand do Tour Operador com quem mantemos relações comerciais. Esta será possivelmente a abordagem no BMW International, em que é a primeira vez que estaremos presentes." 

A APDG gere-se com o investimento próprio de cada um dos membros, com quotas anuais de €3.500 para os hotéis e €2.000 os para campos de golfe e empresa de serviços. No total, são €26.000/ano. “Têm de ser bem geridos para a actividade de promoção internacional, visto que não contamos com qualquer financiamento ou apoio, nem que seja na parte logística do aluguer e montagem/decoração dos stands”, refere João Silva, adiantando: “A nível de comparticipação externa, apenas conseguimos contar com os Planos de Comercialização e Vendas apresentados à Associação de Turismo do Porto (ATP) e ligação Institucional com o Turismo Porto e Norte.” 

O Porto foi eleito recentemente o “Melhor Destino Europeu 2017“, numa disputa com cidades como Paris, Amesterdão, Londres ou Barcelona. Foram mais de 135 mil votos o que é um recorde neste prémio, já que em 2016, a cidade vencedora – Zadar, na Croácia – obteve 54 mil, número máximo na altura. Segundo os organizadores do galardão, “nunca uma eleição foi tão consensual”. No total, a cidade do Porto reuniu votos de utilizadores de 174 países, destacando-se, aqui, a preferência dos habitantes dos Estados Unidos, Dinamarca, Suécia, Irlanda, Reino Unido, Canadá, África do Sul, entre outros.

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