“Somos independentes porque o nosso partido é Oeiras, mas temos as portas abertas a todos os que queiram trabalhar connosco”, disse esta segunda-feira Paulo Vistas, no anúncio da sua recandidatura à presidência do município. O actual autarca de Oeiras concorre assim para o segundo mandato como independente, mostrando-se disponível para trabalhar com quem quiser trabalhar consigo, seja qual for o "seu quadrante ideológico”, afirmou no seu discurso de lançamento de campanha enviado às redacções.

Paulo Vistas foi, em 2005, vice-presidente de Isaltino Morais e depois eleito presidente pelo movimento do seu antecessor. A sigla do movimento pelo qual foi eleito em 2013 é a mesma do actual, mas o “I” tem um significado diferente: Vistas trocou Isaltino Oeiras Mais à Frente (IOMAF) por Independentes Oeiras Mais à Frente (IOMAF), distanciando-se do ex-autarca.

Quando deu a conhecer a sua recandidatura, Paulo Vistas explicou a mudança do nome do movimento: “O 'i' é de independente e não de Isaltino, porque foi ele que quis sair do projecto que, contudo, vai continuar”, disse à agência Lusa, deixando claro que o “projecto não é diferente". Vistas fez questão de frisar no discurso desta segunda-feira que não se candidata “para ajustar contas com nada, nem com ninguém”. Pediu sim aos oeirenses que “renovem a confiança” no movimento.

O autarca assume a recandidatura porque, diz, sabe que foram cumpridos os compromissos eleitorais do seu executivo. "Certamente não fizemos tudo o que queríamos”, ressalvou.

Sem apresentar o programa eleitoral, o candidato deixou algumas notas sobre aquilo que serão as suas prioridades. Entre elas está a intenção de melhorar a rede de transportes públicos com soluções mais eficientes, não poluentes e integradas numa “dimensão metropolitana”, modernizar espaços públicos e estimular o trabalho em rede entre universidades, institutos de investigação científica e tecnológica e empresas. Vistas defende ainda a transferência da gestão da zona ribeirinha e da estrada marginal para o município. Nas mãos da autarquia, esta poderá a “reforçar a relação [da cidade] com o rio e o mar”.

Nos planos da candidatura estará ainda a objectivo de “reter e fazer crescer talento jovem” apoiando polos universitários – “como é exemplo a Universidade Nova e a escola de tecnologias da NATO”. O candidato independente promete mais transparência e participação na gestão autárquica e uma “intervenção sistémica” com diferentes parceiros sociais no apoio às populações mais excluídas.