São mexicanos, gostam de "Lucha Libre" e adoram odiar Trump

Fotogaleria

É difícil imaginar luchador mais odiado nos ringues mexicanos do que Sam Adonis, americano e (em role-play) fã incondicional do presidente Donald Trump. O seu nome verdadeiro é Sam Polinsky, nasceu e cresceu em Pittsburgh, e é dos poucos performers estrangeiros a atingir o sucesso na liga mexicana de Lucha Libre. A explicação para o súbito sucesso é simples: os mexicanos adoram odiar Donald Trump. "Se Trump ganha as eleições, vou comprar uma bandeira com a cara dele", disse ao Washington Post. Pensou: "Quando os espectadores virem uma bandeira de Trump, cor-de-laranja e gigante, o ambiente da sala irá mudar instantaneamente". As suas previsões confirmaram-se. O loiro de 27 anos inspirou-se na persona de Iron Sheik — que utilizou a sua raíz iraniana para incitar ao ódio nos ringues americanos durante os anos 80 — para estimular a reacção do público mexicano. "Se pegar numa imagem de Trump, como ele pegou numa do Ayatollah, as pessoas vão ficar igualmente chateadas", justificou. "A energia dentro da arena é sempre forte, mas quando eu entro torna-se absurda. O ódio... O ambiente torna-se quase hostil." Apesar disso, Sam acredita estar em segurança nas ruas do México. "As pessoas gostam que lhes proporcione um bom espectáculo. Não existem bons homens bons se não existirem bons homens maus e eu limito-me a fazer o meu trabalho."