Primeira árvore tecnológica solar do país fica em Lisboa

O equipamento chamado Vtree Solar engloba o projecto Sharing Cities. A árvore permite carregar o telemóvel e aceder à internet através de rede wi-fi

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A primeira árvore tecnológica solar do país, com rede wi-fi e tomadas para carregar o telemóvel, está instalada na Praça do Município de Lisboa, numa iniciativa que visa facilitar o acesso à inovação e promover a participação dos munícipes. Criado por uma start-up nacional, este equipamento é exposto pela autarquia no âmbito do projecto comunitário Sharing Cities, no qual a capital portuguesa participa integrada numa rede de cerca de cem cidades europeias.

Esta árvore disponibiliza "um serviço muito prático (...) para o cidadão que está a passar na rua e está a ficar sem bateria: vai lá e carrega o telemóvel através de energia solar", explicou o gestor do projecto Sharing Cities na Câmara de Lisboa, Nuno Xavier. "Consegue também aceder à Internet" através da rede wi-fi incorporada na infra-estrutura, apontou Nuno Xavier, que falava à Lusa no final do lançamento da segunda edição do Smart Open Lisboa, para a qual as candidaturas já estão abertas.

Ao mesmo tempo, a autarquia pretende criar "algumas aplicações de interacção com o cidadão, em que o cidadão se aproxima da árvore, descarrega uma aplicação e pode participar" em assuntos que dizem respeito ao município. Em causa estão, por exemplo, processos de consulta pública de urbanismo, "como tivemos em relação ao programa 'Uma praça em cada bairro'", assinalou Nuno Xavier, explicando que isso permitirá "estimular a participação e (...) dar a conhecer o que se propõe para determinado espaço público da cidade".

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Segundo o técnico municipal, esta que é "a primeira [árvore tecnológica solar] a ser aplicada a nível nacional" e vai estar durante dois meses na Praça do Município. "Depois a ideia é ir rodando por outros sítios da cidade onde faça sentido estimular esta participação dos cidadãos e passar a mensagem da inovação tecnológica ao serviço do cidadão no dia-a-dia", disse, aludindo a espaços como as praças requalificadas e também universidades e centros de investigação.

Denominado Vtree Solar, o equipamento, que também já foi instalado em países como a Roménia (Europa) e Brasil e Chile (América Latina), é revestido a aço pintado de branco. É composto por ramificações, tronco e raízes, sendo que são estas últimas que garantem a estabilidade da infra-estrutura e sobre as quais estão colocadas as baterias e as entradas USB à prova de água. Por seu lado, o tronco permite a passagem dos fios até às ramificações, onde estão os painéis fotovoltaicos e a lâmpadas LED.

Falando sobre o Sharing Cities, Nuno Xavier explicou que, até 2020, serão implementados vários projectos na cidade para a tornar mais inteligente e eficiente, num investimento de 7,5 milhões de euros. Tratam-se, por exemplo, de dispositivos de monitorização dos veículos da frota municipal e de candeeiros públicos, para uma gestão mais sustentável destes equipamentos, e ainda as 940 bicicletas eléctricas que se juntam às 470 convencionadas da rede partilhada da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), referiu Nuno Xavier.

O projecto Sharing Cities suporta ainda a Smart Open Lisboa com uma verba de 25 mil euros, numa iniciativa que visa permitir a 15 start-up testarem projectos nas áreas da cidadania, mobilidade, turismo, cultura e sustentabilidade.

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