Ministério Público abre inquérito sobre incidente em que magistrado foi alvejado

O magistrado encontra-se hospitalizado e não corre perigo de vida. A Polícia Judiciária de Setúbal tomou a ocorrência do caso.

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Magistrado foi ferido por um inspector da Polícia Judiciária enquanto praticavam tiro desportivo Paulo Pimenta/Arquivo

O Ministério Público abriu um inquérito sobre o acidente que ocorreu no domingo numa academia privada de tiro, em Corroios, onde um inspector da Polícia Judiciária (PJ) feriu a tiro um magistrado de Setúbal. Em resposta à Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirmou a existência de um inquérito, estando em investigação suspeitas peculato de uso, exercício de actividade ilegal e ofensas à integridade física.

Um inspector da Polícia Judiciária, que dá formação na JSR Academia Nacional de tiro, localizada em Corroios, feriu acidentalmente um juiz quando estavam a praticar tiro desportivo. Elementos da PJ de Setúbal e da divisão de investigação criminal da PSP já estiveram no local, que continua a dar formação de tiro desportivo, de caça e de lazer.

O proprietário da Academia, José Silva Robalo, contou à agência Lusa que no domingo foram treinar quatro juízes e um comandante da Marinha e que todos "já tinham muita prática em atirar" e que o inspector da PJ "é um dos formadores mais experientes que há em Portugal".

José Robalo garantiu que a academia "tem alvará em dia", tendo este sido renovado no ano passado por mais cinco anos.

"Foi um triste acidente, ninguém sabe muito bem como aconteceu. É tudo gente experiente que sabe mexer em armas e atirar e estavam a praticar tiro desportivo", acrescentou.

O proprietário da academia disse ainda que o magistrado ainda está internado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, "mas está livre de perigo".

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