Dois terços das crianças europeias têm medo de utilizar a Internet

Divulgado no dia em que se assinala o Dia da Internet Segura, o estudo salienta que “o crescente número de ameaças que as crianças encontram online está agora a ter efeitos negativos”.

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Manuel Roberto

Dois terços das crianças inquiridas num estudo europeu admitiram ter medo de utilizar a Internet com receio que um desconhecido as possa intimidar, lhes peça para fazer algo ilegal ou consiga aceder a informações online já apagadas.

O inquérito, promovido pela empresa de segurança informática Kaspersky Lab e desenvolvido pela Opinion Matters, envolveu 5000 crianças, com idades entre os 10 e os 15 anos, residentes na Alemanha, França, Espanha, Itália e Benelux.

Divulgado no dia em que se assinala o Dia da Internet Segura, o estudo salienta que “o crescente número de ameaças que as crianças encontram online está agora a ter efeitos negativos”, com 67% das crianças “a admitirem que têm medo ou ficam preocupados quando estão online”.

Os dados revelam que 29% das crianças disseram ter medo que um desconhecido as possa intimidar, enquanto 23% confessaram ter receio de que um desconhecido lhes peça para fazer algo com o qual não estão confortáveis.

Já 22% receiam que um desconhecido lhes peça para fazer alguma coisa ilegal e 21%  que pessoas desconhecidas consigam aceder a informações que colocaram online mesmo depois de as terem apagado.

Quando questionadas sobre se têm consciência de que as suas actividades online lhes podem causar problemas com os seus colegas, uma em cada quatro crianças (41) admitiu arrependimento relativamente a publicações que possam ter afectado amigos ou outras pessoas.

Falar com as crianças sobre possíveis perigos, encorajá-las a falar sobre as suas experiências online, principalmente aquelas que as fizeram sentir desconfortáveis ou ameaçadas, e definir regras claras sobre o que podem e não podem fazer online e explicar o porquê das mesmas terem sido impostas são alguns conselhos deixados no estudo.

Recomenda ainda que seja utilizado um software de Controlo Parental para estabelecer quanto tempo (e quando) podem estar online, que conteúdos devem ser bloqueados e que tipo de actividades deve ser bloqueado (chat rooms, fóruns, ou outros).

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