O Benfica foi a mais tranquila de duas equipas intranquilas

Dois golos de Jonas abriram caminho ao triunfo sobre o Nacional, que Mitroglou confirmou na segunda parte. “Encarnados” recuperaram primeiro lugar.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES
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O Benfica recuperou a liderança da I Liga, da qual esteve apeado durante algumas horas, com um triunfo sossegado perante o Nacional da Madeira (3-0). Pela primeira vez em algum tempo, os “encarnados” entraram em campo no segundo lugar da classificação, ultrapassados pelo FC Porto após o triunfo no “clássico” de sábado, frente ao Sporting. Mas qualquer pressão adicional que daí tivesse resultado durou apenas cerca de 20 minutos — o tempo necessário para o emblema da Luz chegar à vantagem na recepção aos insulares. Jonas, com dois golos na primeira parte, abriu caminho à vitória que Mitroglou confirmou na recta final do segundo tempo. E ainda deu para o reforço de Inverno Filipe Augusto fazer a estreia com a camisola “encarnada”, ao entrar no decorrer da segunda parte para render Pizzi.

Duas equipas intranquilas defrontaram-se na Luz. Sem o treinador Rui Vitória — a cumprir o segundo jogo de castigo pelos incidentes após a meia-final da Taça da Liga — no banco de suplentes, o Benfica tinha urgência em deixar para trás o pior momento no campeonato (os “encarnados” vinham de uma derrota no Bonfim e só contavam um triunfo nas últimas três partidas da I Liga). Mas isso era um mar de rosas em comparação com o calvário que o Nacional atravessa: os insulares apresentaram-se na Luz, um estádio no qual nunca venceram, com apenas uma vitória nos últimos 13 jogos disputados no campeonato (oito derrotas e quatro empates). Duas equipas intranquilas, mas com graus diferentes de intranquilidade.

A derrota em Setúbal teve consequências para dois jogadores. André Almeida e Cervi (que nem sequer foram incluídos na ficha de jogo e viram a partida na bancada) cederam o lugar a Eliseu e Salvio. Pizzi, que estava em dúvida, alinhou de início. Já o treinador do Nacional, Jokanovic, chamou cinco dos seis reforços de Inverno ao “onze” titular, quatro deles em estreia, o que ajuda a explicar a falta de rotinas que os insulares acusaram e o pouquíssimo trabalho que deram a Ederson.

O único caminho para recuperar a liderança da I Liga passava por ganhar ao Nacional e o Benfica demorou 26 minutos a entrar no rumo desejado pelos seus adeptos. Após um par de ameaças que Adriano Facchini resolveu sem problemas de maior, os “encarnados” colocaram-se em vantagem quando Jonas, entre dois defesas, saltou a cabecear após cruzamento de Zivkovic. O guarda-redes do Nacional ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar que entrasse. A eficácia do Benfica não podia ser maior na resposta ao calafrio que tinha sentido pouco antes: Ederson não segurou um cruzamento e surgiu Salvador Agra a fazer a recarga, mas a bola desviou num companheiro e saiu.

O resultado tornou-se mais confortável poucos minutos depois, com o inevitável Jonas a “bisar”: o brasileiro recebeu de Nélson Semedo, fugiu a um adversário e desferiu um remate imparável, de fora da área. Adriano esticou-se, mas não havia forma de lá chegar. Mesmo antes do intervalo, após mais um cruzamento de Zivkovic, o 3-0 esteve na cabeça de Mitroglou — mas a bola passou a milímetros do poste.

Na segunda parte a velocidade diminuiu consideravelmente. O Nacional continuou sem importunar por aí além e o Benfica foi colocando em campo aqueles jogadores que precisam de ganhar confiança (Rafa e Carrillo) ou que estão ainda a ambientar-se (Filipe Augusto).

Mitroglou, que aos 68’ obrigara Adriano Facchini a uma defesa por instinto, conseguiu à terceira fazer o golo que procurava: o grego estabeleceu o resultado final batendo o guarda-redes insular sem dificuldade, após passe de Rafa. O espectro de um mau momento “encarnado” ficava mais distante. E o regresso ao primeiro lugar afastava a intranquilidade.     

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