Sebastian Barry recebe pela segunda vez prémio literário Costa

O romance Days Without End foi escolhido por unanimidade e vai ser publicado em Portugal em Abril.

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Reuters/PETER NICHOLLS

O escritor irlandês Sebastian Barry venceu o prémio Costa para Melhor Livro do Ano com o romance Days Without End, uma história de amor entre dois soldados norte-americanos passada em 1850, tornando-se assim no primeiro romancista a ganhar duas vezes este prémio literário. Em 2008 Barry tinha recebido o mesmo prémio pelo romance Escritos Secretos ( ed. Bertrand).

Days Without End vai ser publicado em Abril pela Bertrand com o título Dias sem Fim. A história segue a relação de dois homens que lutam no exército dos Estados Unidos, enquanto viajam do Wyoming para o Tennessee.

A escolha do júri foi unânime: consideraram-no "uma das representações mais maravilhosas do amor em toda a ficção". Elogiaram as "belas caracterizações e a brilhante escrita" do vencedor deste ano, explicando que Sebastian Barry decidiu escrever sobre a relação homossexual entre dois soldados depois de o seu filho se ter assumido como homossexual.

Na cerimónia de entrega do prémio, no valor de 35 mil euros, terça-feira à noite em Londres, Sebastian Barry manifestou-se emocionado com a vitória. "Deixaram-me louco de felicidade, desde o topo da cabeça até à ponta dos pés, de uma forma que é imprópria para uma pessoa de 61 anos", disse o autor.

O prémio Costa para Melhor Livro do ano é escolhido entre os vencedores das diferentes categorias em disputa. Na corrida pelo prémio final encontrava-se Brian Conaghan (vencedor do Costa para Melhor Livro Infantil), Keggie Carew (vencedor do Costa para Melhor Biografia), Alice Oswald (vencedora do Costa para Melhor Livro de Poesia) e ainda Francis Spufford (vencedor do Costa para Melhor Romance de Estreia).

O escritor irlandês é o primeiro romancista a vencer duas vezes este prémio em duas ocasiões diferentes, ao passo que os poetas Seamus Heaney e Ted Hughes já o haviam recebido também duas vezes cada um.

Os Costa Book Awards são os antigos Whitbread Literary Awards, atribuídos anualmente a livros escritos em inglês de autores residentes no Grã-Bretanha e na Irlanda. No ano passado, o prémio foi atribuído a Frances Hardinge por The Lie Tree.

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