A menina de Alepo escreveu uma carta a Trump

A viver na Turquia, Bana Alabed relatou a guerra na Síria durante meses no Twitter. Agora pede ajuda ao novo Presidente norte-americano.

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Reuters/UMIT BEKTAS

Bana Alabed, a criança síria de sete anos que, durante meses, relatou no Twitter a guerra de Alepo, disse ao novo Presidente dos EUA, Donald Trump, que ele "tem a obrigação de fazer algo pelas crianças da Síria" e de salvá-las, porque "elas são como as vossas crianças e merecem paz". E o que oferece Bana a Donald Trump em troca de ajuda? "Se me prometer fazer algo pelas crianças sírias, já serei sua nova amiga." 

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Bana Alabed, a criança síria de sete anos que, durante meses, relatou no Twitter a guerra de Alepo, disse ao novo Presidente dos EUA, Donald Trump, que ele "tem a obrigação de fazer algo pelas crianças da Síria" e de salvá-las, porque "elas são como as vossas crianças e merecem paz". E o que oferece Bana a Donald Trump em troca de ajuda? "Se me prometer fazer algo pelas crianças sírias, já serei sua nova amiga." 

A carta de Bana Alabed foi enviada a Trump antes de este assumir a liderança dos Estados Unidos e partilhada pela mãe de Bana, Fatemah, com a BBC.

A página @AlabedBana, gerida pela mãe de Bana, teve um grande impacto e originou centenas de notícias e até documentários. A família que fugiu de casa a 27 de Novembro depois de um bombardeamento no seu quarteirão viu o regime conquistar o bairro a 14 de Dezembro. A 19 de Dezembro recomeçou a evacuação e a família de Bana saiu da cidade, estando a viver na Turquia.

É essa a história que Bana conta na carta a Trump. “Faço parte das crianças sírias que sofreram com a guerra na Síria. Mas agora estou a viver em paz na minha nova casa na minha nova casa, a Turquia. Em Alepo estava na escola, mas foi destruída por bombardeamentos. Alguns dos meus amigos morreram”, sublinha, acrescentando que ficará à espera de uma resposta.

Trump quer testar com Putin uma reaproximação dos dois países e Moscovo já disse que poderá convidar a Administração Trump a integrar o processo de paz na Síria. Já em Dezembro, o  Presidente sírio, Bashar al-Assad, considerou “promissora” a hipótese de colaborar com a Rússia e a Síria na luta contra os jihadistas do Daesh.