Nova ponte pedonal sobre o Mondego deve aliviar trânsito no centro de Coimbra

Obra só deverá estar pronta em Agosto, mas presidente da câmara manifestou o desejo de, em Maio, ela já poder ser utilizada em segurança por peregrinos

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O rio Mondego vai ter uma nova ponte pedonal em Coimbra Diogo Baptista

A ponte pedonal e ciclável sobre o rio Mondego, em Coimbra, cuja construção foi consignada esta sexta-feira, contribuirá para aliviar o trânsito no centro da cidade, disse o presidente da câmara, Manuel Machado.

Além de "permitir o atravessamento cómodo e seguro do rio, na zona do Choupal, para quem vive em Coimbra" e, designadamente, para os peregrinos de Fátima e dos Caminhos da Santiago, a ponte vai atenuar "a pressão automóvel no centro da cidade", disse o presidente da Câmara de Coimbra, que falava aos jornalistas, no local, após a formalização da consignação da obra.

A câmara projecta criar estacionamento automóvel gratuito na margem esquerda, em áreas que se situam entre as garagens e oficinas dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) e a Ponte-Açude,o  que, com a nova travessia, deverá fazer com que os automobilistas os utilizem, uma vez que, com a futura ponte, ficarão mais perto do centro da cidade, sustentou o autarca. "Adossada ao tabuleiro inferior da Ponte-Açude" e integrada na ciclovia que está a ser criada em Coimbra, entre a Mata Nacional do Choupal e o Pólo II da Universidade, na Boavista, a travessia faz também parte da estratégia que visa aproximar as duas margens do Mondego e "melhorar a imagem do rio" e dos caminhos de Fátima e de Santiago, sublinhou Manuel Machado.

"Seria excelente que a empresa responsável pelo empreendimento conseguisse fazer com que em Maio a ponte pudesse ser utilizada pelos peregrinos que, sobretudo neste mês, atravessem a cidade a caminho de Fátima e, este ano, previsivelmente ainda em maior número, devido às comemorações do centenário das aparições na Cova da Iria e da visita do papa Francisco, disse Manuel Machado.

"O contrato estabelece que a ponte e acessos sejam executados no prazo de 210 dias" (até Agosto), reconheceu o presidente da Câmara de Coimbra, sem, todavia, deixar de destacar que a possibilidade de a travessia poder ser utilizada, "com segurança", no início de Maio, "seria uma prenda excelente".

Questionado pela Lusa, Diamantino Cabral, um dos responsáveis da empresa à qual foi consignado o empreendimento (Irmãos Almeida Cabral, Ldª), assegurou que a sua firma iria "fazer todos os possíveis" para responder ao apelo do autarca, mas que, "neste momento", não tinha condições para "afirmar se será possível".

A nova ponte vai também integrar a ciclovia que, junto ao Mondego, ligará o Choupal à Boavista e à Ponte da Portela, tanto mais que este é o troço técnica e financeiramente "mais complicado", referiu Manuel Machado.

Construída a montante do tabuleiro inferior da Ponte-Açude, a nova travessia terá cerca de 165 metros de comprimento e 2,40 metros de largura máxima, além de "um passadiço sobre a escada de peixe, situada na margem esquerda", com uma extensão de 14 metros e largura de 2,40 metros.

Com uma estrutura em vigas metálicas, "suportadas por estruturas em consola apoiadas nos contrafortes de betão existentes" na Ponte-Açude, o novo tabuleiro será em chapa de aço e disporá de guarda lateral, com 1,20 metros de altura, e de separador da via rodoviária existente (tabuleiro inferior da Ponte Açude).

A nova ponte pedonal e ciclável sobre o rio Mondego em Coimbra e respectivos acessos envolvem um investimento da ordem dos 650 mil euros, tendo assegurada uma comparticipação financeira europeia de 85% do custo total da obra, através do Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020).     

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