Cartas ao director

Combustíveis pela hora da morte

Os combustíveis estão pela hora da morte, apesar fazerem parte das nossas vidas, pois, como se diz, circular é viver. No entanto, os seus preços estão cada vez mais caros em contraciclo com os baixos custos de produção.

Mas gritam-nos constantemente que os impostos não podem ter alterações de monta, a fim de se manterem indevidas mordomias a quem não as merecem e a quem nunca deveriam ser devidas, pela que as gorduras de Estado continuam a aumentar à custa das cada vez mais delapidadas bolsas dos consumidores e contribuintes.

Se baixa o consumo, aumentam-se os combustíveis; se os combustíveis sobem na produção, aumentam-se nos postos de venda; se baixa o preço na produção, aumenta-se o preço ao consumo, a fim de ser mantido o imposto cobrado em níveis que sustentem a pesadíssimo máquina estatal que tem de cevar os mesmos infindavelmente, que são os subsídio dependentes de topo, pomposamente sustentados pelos famélicos de sempre – o Povo.

Resumindo, seja o que for, seja Ano Novo, o consumidor final é quem paga sempre as favas, mesmo que elas saiam ao dono a custo zero.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

 

Finito 2016, salve 2017

Para muitos portugueses, 2016 foi um ano de esperança de mudança para uma vida melhor. Se alguns conseguiram realizar esse objectivo, muitos continuaram à espera de melhorias que não vieram. Na governação, o primeiro ano de exercício da coligação espúria, de partidos com a mesma raiz ideológica mas de prática tão diferente, surpreendentemente granjeou grande simpatia dos cidadãos.

Como cabeça de cartaz, e afinal de contas o que deu o corpo às balas, o PS, com cedências, acordos e imposições, conseguiu equilibrar as contas, restituiu direitos que tinham sido  retirados ao povo e governou sob paz social. Esta acalmia, a ausência de greves nos transportes, escolas e hospitais, fez esquecer as agruras do quotidiano e ter esperança no futuro.

Mas esta governação sui generis,  fez tocar o alarme no PCP! Este partido que domina a CGTP, o maior motor do mundo sindical que movimenta as greves, sentiu um crescendo anormal de simpatia popular pelo PS do governo e que pode vir fazer perigar o seu espaço eleitoral. Pôr a sobrevivência e influência política do PCP em risco, esta governação poderá vir a sofrer solavancos violentos em 2017. Vamos aguardar optimistas.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

 

Don Guterres de La Mancha

António Guterres é um quixotesco (no sentido positivo do termo), mas enquanto Don Quixote tinha como adversários imaginários moinhos de vento, ele tem como adversários reais cinco moinhos de VETO [membros permanentes do Conselho de Segurança] que são os países que estão sempre metidos em confusões.

Se não for possível reverter este anacronismo, a missão de Guterres será inglória.

Quintino Silva, Paredes de Coura

 

 

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