Um urso polar está dentro de um aquário na província de Guangdong, na China. Dois meses depois, numa província distante, em Sichuan, um panda bebé cai de um palco enquanto outros 23 pandas recém-nascidos continuam a ser o centro das atenções numa exposição. Ainda na China, na província de Henan, avestruzes usam máscaras enquanto são transportadas até Zhengzhou. A mais de 7.000 quilómetros, na Alemanha, um urso polar bebé aconchega-se contra a sua mãe Valeska. Um lobo, a 1500 quilómetros de distância, olha para a câmara na zona de exclusão de 30 quilómetros ao redor da central nuclear de Chernobyl, na aldeia abandonada de Orevichi, na Bielorrússia. Um gato senta-se nas águas da inundação do furacão Matthew no centro de Nichols, Carolina do Sul, Estados Unidos da América. Um mês depois, um gato engravatado senta-se junto à janela em Londres. Diferentes países, diferentes animais, diferentes comportamentos. No último ano, os fotógrafos da agência Reuters percorreram os quatro cantos do mundo à procura das melhores perspectivas. O resultado está à vista com esta selecção (ainda incompleta) de fotografias de animais — uns mais bem tratados do que outros consoante as situações a que são expostos. Estas imagens não são, portanto, apenas retratos de animais. São a prova de que a geografia também influencia a forma como eles vivem e como nós os tratamos.