Quantas vezes vais a um supermercado ou a uma loja de roupa e efectuas o pagamento através do multibanco? Quantas vezes recorres à Internet para pagar as contas do mês ou levantas dinheiro numa caixa automática? Com tantas transacções diárias é difícil manter o controlo do montante que ainda temos na conta bancária. Então porque não ter uma forma mais rápida, agradável e até poética para visualizar os movimentos?

É esta a questão levantada pelo designer alemão Peter Sörries. A resposta, na sua opinião, é simples. Flux é um dispositivo que diz ao utilizador qual o saldo da conta bancária sem usar números. Isto é possível através de uma visualização em tempo real sob a forma de um pêndulo impresso em 3D. É um interface que faz com que a conta bancária seja tangível e palpável, literalmente.

Esta invenção traduz as operações e movimentos efectuados diariamente através de dois pêndulos. O pêndulo da esquerda representa o valor existente na conta poupança, enquanto o da direita mostra o montante que resta na conta corrente depois de se efectuar movimentos.

Um simples toque no dispositivo é como estar directamente conectado com a instituição bancária através de “broadcast data”. Flux dá uma indicação visual geral de quanto dinheiro está disponível em cada uma das contas. E se estas estiverem desequilibradas, o que acontece mais frequentemente no final do mês, basta puxar o pêndulo da conta em défice para que o Flux transfira, de imediato, mais fundos. Assim, a conta volta a ter saldo positivo.

O inventor do "gadget", Sörries, afirma que “o design simples e a cor neutra do dispositivo permite que o Flux se misture com a parede”, sendo capaz de funcionar em qualquer divisão, seja no quarto, na sala ou na cozinha.

O Flux foi desenvolvido no âmbito do projecto “On the Internet of Things” da Escola de Artes de Berlim e, embora seja apenas um protótipo, poderá vir a ser uma ferramenta útil para economizar em tempos de crise.