Sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra é monumento de interesse público

Ministério da Cultura classifica o edifício como "um equipamento cultural de referência a nível nacional".

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O CAPC é dirigido, desde 2010, por Carlos Antunes Diogo Baptista

O edifício-sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), que desde o final da década de 1950 acolhe a mais antiga instituição dedicada à promoção da arte contemporânea em Portugal, foi esta terça-feira classificado oficialmente como monumento de interesse público.

Na portaria de classificação do imóvel, publicada no Diário da República, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lembra que o edifício constitui o símbolo material do CAPC, funcionando como espaço físico privilegiado para a produção e difusão das vanguardas artísticas coimbrãs, desde os anos 1970 até à actualidade.

"Para além da sua função enquanto polo criativo e de reflexão, onde iniciaram actividade algumas das maiores personalidades da cultura nacional, nele se guarda a colecção CAPC de arte contemporânea, para além de diversos acervos bibliográficos e documentais", justifica o governante, que classifica o edifício como "um equipamento cultural de referência a nível nacional".

Situado na Rua de Castro Matoso, 18 (União das Freguesias de Coimbra – Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu), o edifício não é um imóvel de particular interesse artístico e arquitectónico, como é reconhecido na portaria publicada no Diário da República, "mas reflecte os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, relativos ao seu interesse como testemunho notável de vivências e factos históricos, à sua extensão e ao que nela se reflecte do ponto de vista da memória colectiva, e à sua importância do ponto de vista da investigação histórica ou científica".

Fundado em 1958, por um grupo de jovens estudantes da academia de Coimbra, dos quais se destacam Rui Emílio Vilar e o pintor Mário Silva (recentemente falecido), o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra é um organismo autónomo da Academia de Coimbra.

Com autonomia artística e administrativa, é uma associação cultural sem fins lucrativos, reconhecida de manifesto interesse cultural pelo Estado português, que tem como objectivos principais "sensibilizar e interessar o público para a Arte Contemporânea e a Cultura".

O CAPC oferece diariamente um conjunto diversificado de actividades, que passam por exposições de arte contemporânea, e ainda pela realização de programas de colóquios, conferências, debates, além de sessões de cinema e vídeo. Promove ainda acções específicas, integradas em programas pedagógicos próprios, nos quais se incluem visitas guiadas e comunicações.

O Círculo possui um acervo de obras plásticas considerado significativo, destacando-se a Colecção CAPC de Arte Contemporânea, que vem sendo construída com particular insistência, sobretudo desde 1992.

 

 

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