Indicadores de saúde melhoram mais devagar e podem comprometer metas

Crise terá afectado qualidade de vida das pessoas e desacelerado aumento da esperança de vida.

As melhorias de vários indicadores de saúde, que se registaram até 2008, desaceleraram a partir dessa data e até 2012, coincidindo com a crise, o que pode dificultar algumas metas previstas no Plano Nacional de Saúde.

De acordo com o coordenador do Plano Nacional de Saúde, Rui Portugal, a partir de 2008, estas melhorias aconteceram a um ritmo muito mais lento, esperando-se agora a sua recuperação.

A propósito da conferência Plano Nacional de Saúde - Desafios presentes, que decorre esta segunda-feira em Lisboa, Rui Portugal deu o exemplo da qualidade de vida em pessoas com mais de 65 anos.

O objectivo é aumentar em 30 por cento a esperança de vida saudável e com qualidade aos 65 anos, bem como reduzir as diferenças entre géneros, uma vez que as mulheres têm uma pior qualidade de vida nesta idade.

"A partir de 2008 houve um desaceleramento da melhoria deste indicador", adiantou, o que foi "coincidente com a crise".

Relativamente a outra meta prevista no Plano Nacional de Saúde, a de reduzir a mortalidade abaixo dos 70 anos a 20 por cento do total da mortalidade, registam-se "melhorias", embora ainda seja necessário "algum esforço para evitar esta mortalidade".

O objectivo passa por intervenções ao nível do comportamento (alimentação, tabaco, sal) e na melhoria do acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

João Portugal disse esperar que a melhoria dos indicadores de saúde retome o seu ritmo de crescimento anterior à crise e foca o investimento em factores que possam melhorar a vida das pessoas: "A responsabilidade de cada um pela sua saúde".

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