Ryan Lochte assume responsabilidade por inventar história de agressão

Numa entrevista à cadeia de televisão NBC, nadador norte-americano disse ter omitido e exagerado certas partes do que aconteceu na bomba de gasolina.

Foto
Ryan Lochte antes do início das provas de natação nos Jogos Olímpicos Martin Bureau/AFP

O campeão olímpico norte-americano Ryan Lochte declarou neste sábado assumir “a responsabilidade inteira” da história da agressão inventada por quatro nadadores olímpicos da equipa norte-americana dos Jogos Olímpicos do Rio, numa entrevista dada à cadeia de televisão norte-americana NBC.

O nadador e os seus colegas de equipa Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen disseram que falsos polícias apontaram-lhes armas na madrugada do último domingo, quando voltavam de táxi para a aldeia olímpica, depois de terem passado uma noite bem regada num clube, numa zona privilegiada da cidade brasileira.

Na realidade, os atletas foram filmados numa bomba de gasolina onde são acusados de terem urinado no muro e vandalizado a casa-de-banho, antes de terem uma querela com o segurança da estação de serviço. “Omiti certas coisas e exagerei certas partes da história”, disse Ryan Lochte.

“Essa é a razão de assumir por inteiro a responsabilidade do que se passou. Exagerei esta história e se não o tivesse feito, não estaríamos no meio desta confusão”, explicou o nadador e campeão olímpico da estafeta de 4x200m livres no Rio de Janeiro, o sexto título da sua carreira em Jogos Olímpicos.

O norte-americano já tinha apresentado as suas desculpas na sexta-feira “por não ter sido mais cuidadoso e não ter sido mais honesto” na forma como relatou os acontecimentos, escreveu o nadador de Daytona num comunicado publicado na sua conta de Twitter.

O Comité Olímpico Internacional (COI) abriu um inquérito disciplinar por causa do caso. Lochte voltou rapidamente aos Estados Unidos. Entretanto, dois dos seus colegas foram retirados do seu avião no Rio de Janeiro antes de serem rapidamente libertos. E quarto nadador, Feigen, aceitou o veredicto penal, revertido em troca de uma doação monetária de 35.000 reais (9650 euros) a uma instituição de caridade.

Nas redes sociais, Ryan Lochte tem sido ridicularizado nos Estados Unidos e no resto do mundo, tornando-se o símbolo de uma certa forma de arrogância norte-americana.

Sugerir correcção
Comentar