Remador búlgaro nega ter agredido empregadas de limpeza

Delegação da Bulgária apoia atleta e declara não confiar nos agentes locais da aldeia olímpica.

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Bozhilov e Vasilev em prova no Rio de Janeiro REUTERS/Murad Sezer

O remador búlgaro Georgi Bozhilov nega que tenha agredido funcionárias da limpeza durante a sua estada no Rio de Janeiro no âmbito dos Jogos Olímpicos e declara que só pediu a "várias empregadas" para saírem do seu quarto, onde "não estavam a limpar". As declarações foram feitas em Sófia, nesta quarta-feira, depois do regresso do Brasil. A delegação búlgara apoia o seu atleta e nega que este tenha agredido alguém e declara que não confiar nos guardas locais. 

O atleta — que, com o companheiro de equipa Kristian Vasilev, terminou em nono lugar a prova de remo — foi acusado pelas autoridades brasileiras de ter agredido várias funcionárias da limpezaA versão de Bozhilov é diferente da das funcionárias da aldeia olímpica. O remador conta que quando chegou ao quarto estavam lá "várias empregadas sentadas". "Era óbvio que não estavam a preparar-se para limpar. Por isso, pedi-lhes que saíssem", conta à televisão búlgara, citado pela Reuters.

O atleta, acompanhado pelo seu companheiro de quarto, diz que apenas pediu às mulheres que saíssem. "Elas só falam português e nós tentamos mostrar-lhes, usando gestos, que queriamos que se fossem embora", mas não foi usada "qualquer força física". Pouco depois, as funcionárias queixaram-se à administração da aldeia olímpica de que teriam sido vítimas de agressão. Tal "não corresponde à verdade", diz a delegação búlgara em comunicado.

Bozhilov e Vasilev não foram presos e foram autorizados a regressar a casa. "Há muitos guardas por toda a aldeia olímpica, mas é igual a não existirem, pois desapareceram imensas coisas do nosso quarto", queixa-se o atleta.

Recorde-se que já outras delegações, desde a chegada, se têm queixado dos roubos. A delegação da Bulgária sublinha "o perigo constante de roubo" e, por isso, a "relutância dos atletas em serem perturbados". Também o ministro do Desporto búlgaro, Krasen Kralev, declarou na segunda-feira que foi roubado à entrada do estádio onde decorriam as provas de atletismo. Roubaram-lhe o relógio.

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