Regresso a uma final, uma década depois

A França vai disputar no domingo, pela terceira vez, o jogo decisivo de um Europeu. E nunca perdeu.

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Ronaldo na meia-final do Mundial de 2006, frente à França Jose Manuel Ribeiro/Reuters

A França está de volta às finais de uma grande competição, depois do Mundial de 2006, curiosamente um torneio disputado na Alemanha, onde os “bleus” perderam no jogo decisivo para a Itália depois de eliminarem Portugal nas meias-finais.

De resto, Portugal e França nunca se cruzaram em finais, existindo, contudo, um ponto de intersecção bastante recorrente, a coincidir invariavelmente com uma eliminação lusa nas semi-finais: aconteceu em 1984, 2000 e 2006.

Outro facto não menos relevante é o de também Portugal ter disputado a sua primeira (e única) final na qualidade de país organizador, no Euro 2004, prova em que, ao contrário da selecção francesa no Euro 1984, fraquejou apesar do favoritismo atribuído à equipa comandada por Luiz Felipe Scolari perante uma Grécia pouco dada a espectáculos.

Desde o arranque da competição, neste ano alargada a 24 equipas, a França tem feito uma prova com uma tendência ascendente, atropelando a surpreendente Islândia nos quartos-de-final e, surpreendendo, agora, a campeã mundial em título. E se, numa fase inicial, viveu da inspiração de Dimitri Payet, é Antoine Griezmann quem parece agora carregar a equipa às costas.

Para aquela que será a sua terceira final de um Campeonato da Europa, a França parte com um currículo invejável, já que, depois do tal triunfo de 1984, voltou a impor-se em 2000, numa competição coorganizada por Bélgica e Holanda. Nessa final, derrotou a Itália por 2-1, quando ainda vigorava a regra do golo de ouro.

Depois do 1-1 que se registou no tempo regulamentar, graças a um golo tardio de Wiltord (90+3’) — que anulou a vantagem que Delvecchio assegurara aos transalpinos (55’) —, foi David Trezeguet, já no prolongamento, a assegurar o segundo troféu continental para uma equipa que contava, no meio-campo defensivo, com Patrick Vieira e com Didier Deschamps.

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