Pata 3D devolve mobilidade a pinguim

Pinguim ferido em 2007 numa linha de pesca recebeu uma prótese 3D para poder caminhar e nadar normalmente

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DR

Bagpipes teve um acidente comum em animais marinhos selvagens: ficou preso numa linha de pesca e viu uma das suas patas ser amputada devido à gravidade dos ferimentos.

Nos últimos nove anos — o acidente aconteceu em 2007 —, este pinguim viveu no Centro Antárctico Internacional, em Christchurch, na Nova Zelândia. Esteve ao cuidado de cientistas e tratadores que o tentaram ajudar nos seus problemas de locomoção.

Sem a pata esquerda, Bagpipes tinha dificuldades em movimentar-se dentro e fora de água. E nem as próteses improvisados que aqueles que o salvaram foram criando se mostraram suficientes para o ajudar.

Agora, graças à impressão a três dimensões, Bagpipes tem um novo membro desenhado e criado à medida do seu corpo por Don Clucas, docente da Universidade de Canterbury. A nova pata 3D é, segundo aponta a BBC, a primeira do género na Nova Zelândia.

Feita de plástico mas com um acabamento de borracha, a nova prótese permite ao pinguim manter a aderência necessária para caminhar. Foram precisas 30 horas de trabalho para chegar a um protótipo.

O mais complicado, disse o tratador Mal Hackett, foi manter Bagpipes imóvel para que se pudesse estudar a pata saudável e, assim, perceber como deveria ser a prótese. “Quando saía da piscina, [o animal] utilizava partes do corpo que não devia, como o bico e as barbatanas”, conta Hackett ao "Telegraph", pelo que a nova pata vai ajudá-lo a manter o equilíbrio.

Bagpipes está a habituar-se ao novo membro, que ainda é um protótipo em fase de melhoramentos.

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