Raúl Jiménez voltou a vestir o fato de super-herói

Um golo do avançado mexicano a 17 minutos do fim garantiu ao Benfica uma importante vitória frente ao Rio Ave. A três jornadas do final do campeonato, os “encarnados” voltam a ter dois pontos de vantagem.

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O Benfica teve um jogo complicado no terreno do Rio Ave Francisco Leong/AFP

Juntos, Jonas e Mitroglou somam no campeonato quase meia centena de golos, mas se o Benfica conquistar o tricampeonato, os benfiquistas terão muito a agradecer a um jovem avançado mexicano. Após uma primeira metade de época muito discreta, Raúl Alonso Jiménez Rodríguez habitou-se a vestir o fato “encarnado” de super-herói e neste domingo, em Vila do Conde, tal como tinha acontecido em Coimbra, o “9” das “águias” salvou o Benfica. A pouco mais de um quarto de hora do fim, apenas seis minutos depois de entrar em campo, Jiménez fez de cabeça o golo que derrotou o competente Rio Ave e recolocou os benfiquistas na liderança.

Em teoria, o Rio Ave era o obstáculo mais difícil que o Benfica tinha até ao final do campeonato. Na prática, a equipa de Vila do Conde confirmou todas as credencias. Novamente com “estrelinha de campeão”, mas com inteira justiça, os “encarnados” alcançaram uma vitória que retirou ao Sporting a moralizadora possibilidade de entrar no Estádio do Dragão, na próxima jornada, a depender apenas de si para ser campeão. Mas para o conseguir, o Benfica voltou a ter que sofrer muito.

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Com a equipa na máxima força, as “águias” entraram bem e aos 58 segundos, Pedrinho evitou em cima da linha de golo que Jardel marcasse.

Com três cantos nos primeiros oito minutos, o Benfica parecia decidido a evitar a sofreguidão das deslocações anteriores (Bessa e Coimbra), mas o Rio Ave tinha ideias contrárias. Com uma equipa certinha e personalizada, os vila-condenses rapidamente encontraram a fórmula para fechar os caminhos da baliza de Cássio e, até ao intervalo, apenas Gaitán (32’) conseguiu criar algum perigo.

Embora tivesse Renato Sanches em dia não, o Benfica regressou dos balneários melhor e entre os minutos 54 e 56, Gaitán, Jonas e Mitroglou desperdiçaram excelentes oportunidades.

A estratégia de Pedro Martins parecia estar a ser desmontada, mas a primeira aposta de Rui Vitória (Sálvio) não resultou e, aos poucos, o Rio Ave recompôs-se.

Só que, se o primeiro trunfo do técnico benfiquista resultou em flop, o segundo foi certeiro. Embora menos ousado do que em Coimbra, quando apostou em Jonas, Mitroglou e Jiménez em simultâneo, Vitória lançou o mexicano aos 67’ (Mitroglou foi substituído) e, seis minutos depois, Jiménez deixou o Benfica mais perto do tri: um corte deficiente de Vilas Boas fez a bola embater na barra da sua baliza e o “9” do Benfica, com todo o oportunismo do mundo, fez de cabeça um golo que pode valer um título.

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