Quercus vê com agrado aprovação da candidatura do Tejo a Reserva da Biosfera

Foto
Autarcas da Área Metropolitana de Lisboa discordam da fusão dos 18 sistemas existentes em apenas quatro PEDRO CUNHA/Arquivo

A associação ambientalista Quercus manifestou nesta segunda-feira a sua satisfação com a aprovação da candidatura do Tejo Internacional a Reserva da Biosfera da UNESCO, mas alertou para os "graves problemas" que o parque enfrenta.

"É bom para Portugal. Reconhece a importância do nosso património natural e da nossa biodiversidade, mas é também um aumento da responsabilidade porque estes galardões implicam uma gestão activa", considera Samuel Infante, da Quercus.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) aprovou no sábado, em Lima, no Peru, a candidatura apresentada por Portugal e Espanha do Tejo/Tajo Internacional a Reserva da Biosfera.

O ambientalista sublinha que o Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI) enfrenta "graves problemas" de conservação da biodiversidade para os quais a própria Quercus tem vindo a alertar e que é preciso resolver. Samuel Infante dá como exemplo os casos de "perturbação" causados pela navegação no rio Tejo, envenenamentos e mesmo as construções ilegais no interior do parque.

"Temos o exemplo da questão da navegação que já está a ter bastante impacto na cegonha preta que é o símbolo do parque. Se temos pessoas que procuram a área para ver esta biodiversidade e se lá chegam e algumas dessas espécies não existem, podemos estar a dar um tiro nos pés", adiantou.

Apesar de tudo, realça que a aprovação desta candidatura pelo Comité de Coordenação Internacional do Programa Científico "O Homem e a Biosfera" (Man and Biosphere - MAB), "é muito positiva" e pode ser "uma mais-valia" para a região, sobretudo para a promoção do PNTI como destino turístico de natureza.

Sugerir correcção
Comentar